
A inflação voltou a subir em abril e afetou diretamente o bolso do consumidor. Segundo o IBGE, o IPCA-15 avançou 0,43% no mês, mantendo uma trajetória de alta que vem preocupando famílias em todo o país. A alimentação e os produtos de saúde foram os principais responsáveis pelo novo aumento.
Comida mais cara dentro e fora de casa
A alimentação foi o grupo com maior impacto no índice, com alta de 1,14%. Dentro de casa, o consumidor sentiu o preço do tomate disparar 32,67%, enquanto o café moído subiu 6,73% e o leite longa vida, 2,44%.
Além disso, comer fora também ficou mais caro. Os preços dos lanches subiram 1,23%, enquanto a refeição completa aumentou 0,50%. Para muitas famílias, isso significa rever os hábitos e cortar gastos com alimentação fora do lar.
Medicamentos sobem após reajuste
No grupo de Saúde e cuidados pessoais, os medicamentos tiveram alta de 1,04%, reflexo do reajuste autorizado de até 5,09% que começou a valer em 31 de março. Já os itens de higiene pessoal subiram 1,51%, e os planos de saúde, 0,57%.
Com isso, ir à farmácia ou manter a rotina de cuidados básicos se tornou mais pesado para o orçamento mensal. O impacto foi sentido especialmente por quem depende de medicamentos de uso contínuo.
Combustíveis e passagens aliviam, mas pouco
A única boa notícia veio do grupo de Transportes, que registrou queda de 0,44%. As passagens aéreas caíram 14,38%, e os combustíveis também recuaram. O etanol teve queda de 0,95%, enquanto a gasolina caiu 0,29%.
Apesar disso, a redução nesses itens não foi suficiente para compensar a pressão de outros grupos. A inflação acumulada em 12 meses agora chega a 5,49%, acima dos 5,26% registrados até março.
Apesar da alta ser menor do que a registrada em março (0,64%), este já é o segundo mês consecutivo de desaceleração. Ainda assim, os dados mostram que a inflação permanece resistente, especialmente nos itens essenciais.