Revista Poder

Trump afirma que chineses querem negociar e diz esperar o momento certo

Presidente dos EUA diz que o momento ideal para negociar está próximo, apesar de resistência de Pequim

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a afirmar que a China deseja negociar um acordo para conter a guerra comercial entre os dois países. Ele ressaltou que as conversas devem acontecer “no momento certo”, embora não tenha definido uma data.

Durante discurso nesta terça-feira (6), o republicano destacou que há negociações em andamento com diversos países e indicou que os próximos dias serão decisivos para o futuro de acordos comerciais estratégicos.

Retaliações em alta

Nos últimos meses, os Estados Unidos anunciaram tarifas elevadas sobre produtos chineses, com alíquotas que chegaram a 145%. A China respondeu com impostos de até 125% sobre mercadorias americanas, aprofundando o clima de tensão.

Apesar disso, Trump insiste que os chineses demonstram interesse em um acerto. “Eles querem negociar e querem uma reunião”, declarou. “Vamos nos encontrar com eles na hora certa.

Chineses pedem atitude concreta

Do outro lado, o Ministério do Comércio da China confirmou que recebeu uma proposta americana para abrir diálogo, mas exigiu um gesto claro de Washington. Segundo o comunicado, os EUA precisam “demonstrar sinceridade” se quiserem negociar.

Para os chineses, isso significa rever tarifas unilaterais e corrigir práticas comerciais consideradas abusivas. Só assim, afirmam, haverá abertura real para uma mesa de negociação.

Nacionalismo em alta na China

O endurecimento das tarifas por parte dos EUA também gerou uma onda de apoio ao governo chinês entre a população local. O sentimento nacionalista ganhou força após os ataques de Trump ao modelo econômico asiático.

Pequim tem usado esse cenário para reforçar seu discurso interno. Líderes chineses destacam que não aceitarão pressão externa sem uma compensação justa nas tratativas.

Outras negociações em análise

Trump também comentou que está avaliando diversos acordos comerciais atualmente em negociação. Ele afirmou que tomará decisões nas próximas semanas sobre quais propostas avançarão.

Antes de se encontrar com o primeiro-ministro canadense, Mark Carney, o presidente americano sugeriu que o Acordo EUA-México-Canadá (USMCA) pode ser renegociado. Apesar disso, ele não demonstrou interesse em renová-lo automaticamente.

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