Revista Poder

Dólar sobe forte e Ibovespa recua enquanto decisões do Fed e Copom se aproximam

Ibovespa sobe enquanto dólar cai diante de anúncio de Trump sobre tarifas

Imagem: Valter Campanato / Agência Brasil

Os mercados aguardam com cautela os próximos movimentos das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos

Os mercados financeiros começaram o dia em alerta máximo. O dólar disparou e o Ibovespa recuou, refletindo a ansiedade dos investidores diante de duas decisões importantes. Hoje, o Federal Reserve, nos Estados Unidos, e o Copom, no Brasil, definem os próximos passos das taxas básicas de juros em seus países.

Dólar se aproxima dos R$ 5,74

Durante a manhã, a moeda americana ultrapassou os R$ 5,74, impulsionada pela cautela generalizada. Às 11h30, o dólar registrava alta de 0,39%, sendo negociado a R$ 5,7322. Esse movimento representa uma acumulação de ganhos na semana e no mês, embora o saldo no ano ainda seja de queda.

Esse avanço reflete o comportamento típico do mercado em momentos de incerteza, quando os investidores procuram proteção em ativos considerados mais seguros, como o dólar.

Ibovespa recua com menor apetite por risco

Enquanto o dólar subia, o principal índice da B3 registrava queda de 0,26%, atingindo 133.168 pontos. O desempenho negativo reflete o menor apetite por risco antes das decisões do Fed e do Copom.

Essa movimentação ocorre mesmo com o histórico recente de fortes ganhos na bolsa brasileira, que acumula uma valorização de 11% no ano. A leitura é clara: o mercado está em modo de espera.

O que o Fed pode sinalizar

Nos Estados Unidos, o mercado não espera mudanças imediatas nas taxas de juros, que devem permanecer entre 4,25% e 4,50% ao ano. Porém, o foco está nas mensagens que o Fed pode emitir após a reunião.

A expectativa é que o comunicado mencione os impactos das novas tarifas comerciais implementadas por Donald Trump. As medidas podem elevar a inflação e, ao mesmo tempo, frear o consumo e o crescimento econômico.

Investidores buscam entender se o Fed continuará firme no combate à inflação ou se adotará um tom mais cauteloso diante do risco de desaceleração.

Copom deve elevar juros pela sexta vez

No Brasil, a expectativa é de uma nova alta da Selic, atualmente em 14,25% ao ano. Caso se confirme o aumento de 0,50 ponto percentual, a taxa atingirá 14,75% ao ano, no que seria a sexta elevação consecutiva.

Essa série de aumentos reflete o esforço do Banco Central para conter uma inflação persistente, que fechou 2024 acima da meta de 3%.

Mais do que o número em si, o mercado está atento ao tom do comunicado do Copom. Há dúvidas se o BC indicará o fim do ciclo de alta ou se deixará espaço para novos aumentos nos próximos meses.

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