Semana agitada no STF terá Tarcísio, Guedes e outros em apuração sobre golpe

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O Supremo Tribunal Federal retomou nesta segunda-feira (26) os depoimentos das testemunhas de defesa dos réus investigados por envolvimento na tentativa de golpe de Estado em 2022. A expectativa é de que mais de 50 pessoas prestem depoimento nos próximos dias.

As sessões começaram às 15h, com foco nas testemunhas do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Entre os ouvidos está o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga, também citado na defesa do general Walter Braga Netto.

Tarcísio e Guedes entre os convocados

Na terça-feira, o Supremo passa a ouvir 26 testemunhas arroladas pela defesa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. Os depoentes incluem nomes importantes do antigo governo, como o ex-ministro da Economia Paulo Guedes, o ex-ministro de Minas e Energia Adolfo Sachsida, e o ex-advogado-geral da União Bruno Bianco.

Além disso, o general Gustavo Dutra, que liderava o Comando Militar do Planalto durante os atos de 8 de janeiro, também prestará depoimento.

Na sexta-feira (30), os trabalhos serão divididos em dois turnos. Pela manhã, o STF continuará ouvindo testemunhas da defesa de Anderson Torres. Entre elas, estão o senador Ciro Nogueira, presidente do PP, e Valdemar Costa Neto, presidente do PL. Os senadores Esperidião Amin e Eduardo Girão também falarão.

Bolsonaro entra na pauta

Ainda na sexta-feira, começam os depoimentos das testemunhas indicadas por Jair Bolsonaro. O primeiro será o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que se apresenta logo pela manhã.

À tarde, a sessão prossegue com o ex-ministro do Turismo Gilson Machado. Já o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello teve seu depoimento remarcado para 2 de junho, por problemas de agenda.

Semana passada teve versões conflitantes

Na sexta-feira anterior (23), o STF concluiu a primeira fase da oitiva de testemunhas. Foram ouvidas 19 pessoas, entre elas cinco indicadas pela acusação e sete por delatores.

O destaque ficou por conta dos ex-comandantes militares Marco Antônio Freire Gomes (Exército) e Carlos Baptista Júnior (FAB). Eles apresentaram versões diferentes sobre a conduta de Bolsonaro nos dias que antecederam a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

Baptista afirmou que Freire ameaçou prender Bolsonaro se ele tentasse impedir a posse. Já Freire negou qualquer intenção de prisão e disse que a história surgiu na imprensa.