
Em maio, a inflação medida pelo IPCA-15 teve uma alta de 0,36%, segundo dados divulgados pelo IBGE. Embora o número represente a menor variação para o mês desde 2020, ele veio puxado por aumentos significativos em setores essenciais, como energia elétrica e remédios.
A conta de luz subiu 1,68%. A principal causa foi a adoção da bandeira amarela, que adiciona R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos. Com a redução das chuvas e o início do período seco, o custo da geração de energia aumentou. Além disso, estados como Bahia e Pernambuco também reajustaram as tarifas locais.
Remédios ficaram mais caros nas farmácias
O grupo de Saúde e cuidados pessoais registrou aumento de 0,91%. Os remédios tiveram uma alta de 1,93%, influenciados por um reajuste autorizado no final de março. Os preços podem subir até 5,06%, dependendo do tipo de medicamento e da concorrência no mercado.
Esse reajuste pesa principalmente para quem depende de medicamentos contínuos, o que afeta sobretudo idosos e pessoas com doenças crônicas.
Vestuário e alimentação também subiram
Outro grupo que apresentou alta foi o de Vestuário, com 0,92%. Já os preços dos alimentos subiram 0,39%, influenciados por itens como batata-inglesa (21,75%), cebola (6,14%) e café moído (4,82%).
Apesar disso, alguns produtos ajudaram a conter a inflação do grupo. Foi o caso do tomate (-7,28%), do arroz (-4,31%) e das frutas (-1,64%).
Transporte ajuda a aliviar o índice
Por outro lado, o grupo de Transportes teve queda de 0,29%, o que contribuiu para que o IPCA-15 não fosse mais alto. A passagem aérea caiu 11,18% e o ônibus urbano também teve queda, em parte devido à tarifa zero aos domingos em cidades como Brasília.
Entre os combustíveis, o etanol subiu 0,54%, a gasolina aumentou 0,14%, mas o diesel caiu 1,53% e o gás veicular, 0,96%.
Inflação acumulada segue acima da meta
No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 chegou a 5,40%, número um pouco menor que os 5,49% registrados até abril. Mesmo assim, esse valor segue acima da meta de inflação definida pelo governo.
De janeiro a maio, a inflação acumula 2,80%. O índice de maio ficou abaixo do registrado em abril, que foi de 0,43%.