A partir desta semana, quem convive com dermatite atópica passa a contar com mais opções de tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O governo federal publicou três portarias que oficializam a incorporação de dois tipos de pomadas e um medicamento oral usados no controle da doença.
Com a nova medida, o tacrolimo tópico, o furoato de mometasona e o metotrexato oral passam a ser distribuídos gratuitamente nas unidades públicas de saúde. A decisão representa um avanço importante no cuidado com uma doença que afeta milhares de brasileiros, especialmente crianças.
Medicamentos antes inacessíveis agora fazem parte da rede pública
Até então, alguns desses remédios estavam fora do alcance de quem depende exclusivamente do SUS. O tacrolimo, por exemplo, tem alto custo e uso restrito. Agora, ele poderá ser usado por pacientes que não toleram corticoides ou que não respondem bem aos tratamentos convencionais.
Já o furoato de mometasona é outra pomada eficaz que agora entra na lista de opções disponíveis. Ela pode ajudar a reduzir a inflamação e a coceira, sintomas muito comuns e incômodos da dermatite.
Por fim, o metotrexato, que antes era mais usado para tratar artrite e outras doenças autoimunes, agora poderá ser indicado para casos graves de dermatite atópica. Ele será especialmente útil para pacientes que não podem tomar ciclosporina, outro remédio já usado na rede pública.
O que é dermatite atópica
A dermatite atópica é uma doença crônica e não contagiosa que atinge a pele. Seus sintomas mais comuns são coceira intensa, ressecamento e inflamação. Ela costuma aparecer nas dobras dos braços, nas pernas, no pescoço e, em crianças, também no rosto.
A condição tem origem genética e pode surgir em qualquer fase da vida, embora seja mais comum na infância. A intensidade dos sintomas varia bastante de uma pessoa para outra. Algumas têm apenas episódios leves, enquanto outras enfrentam crises mais intensas e frequentes.