Desemprego segura em 6,6% e trabalho com carteira atinge maior número da história

Brasil cria 1,69 milhão de empregos formais em 2024, maior saldo desde 2020
Foto: Tony Winston (Ag.Brasília)

A taxa de desemprego no Brasil ficou estável em 6,6% no trimestre encerrado em abril, segundo dados do IBGE divulgados nesta quinta-feira (29). Embora o índice não tenha caído, o país bateu um recorde no número de trabalhadores com carteira assinada.

Mais de 7 milhões seguem sem trabalho

Atualmente, cerca de 7,3 milhões de brasileiros estão sem emprego. Esse número representa uma leve alta em relação ao trimestre anterior, mas ainda é 11,5% menor do que o total registrado no ano passado.

A população ocupada somou 103,3 milhões de pessoas, número considerado estável na comparação com o trimestre anterior.

Carteira assinada atinge maior número da série histórica

O dado que mais chamou atenção foi o de trabalhadores formais no setor privado. O país alcançou a marca de 39,6 milhões de pessoas com carteira assinada, o maior número já registrado pela pesquisa.

Esse crescimento representa um avanço de 0,8% no trimestre e 3,8% no ano. Segundo o IBGE, esse movimento mostra que o mercado formal continua ganhando espaço.

Informalidade recua e mercado se ajusta

A taxa de informalidade caiu para 37,9%, o que representa 39,2 milhões de trabalhadores em situação informal. O recuo foi puxado principalmente pelo aumento dos vínculos formais.

O total de trabalhadores sem carteira ficou em 13,7 milhões, e os por conta própria, em 26 milhões. Ambos os números se mantiveram estáveis.

Subutilização ainda preocupa

A taxa de subutilização da força de trabalho ficou em 15,4%. Embora não tenha piorado, ela mostra que ainda há uma grande parte da população que poderia estar empregada em melhores condições.

O número de desalentados, pessoas que desistiram de procurar trabalho, ficou em 3 milhões.

Rendimento sobe no ano, mas para de crescer no trimestre

O rendimento médio dos ocupados foi de R$ 3.426 no trimestre. Esse valor ficou estável na comparação com o trimestre anterior, mas teve alta de 3,2% em relação ao mesmo período de 2024.

A massa de rendimentos atingiu R$ 349,4 bilhões, também um recorde. Ela representa a soma de tudo que os trabalhadores ocupados receberam no período e teve alta de 5,9% em um ano.