O que acontece se você não declarar o Imposto de Renda 2025?

Prazo termina nesta sexta-feira, às 23h59

Foto Reprodução arte/ Agência Brasil

O prazo para a entrega da declaração do Imposto de Renda 2025 termina nesta sexta-feira (30), às 23h59. Quem ainda não enviou deve ficar atento: deixar de declarar pode gerar multas, juros e restrições no CPF.

Multa e juros são as primeiras consequências

A multa mínima pelo atraso é de R$ 165,74, podendo chegar a até 20% do imposto devido. Além disso, há o acréscimo de juros.

Por isso, especialistas recomendam enviar a declaração o mais rápido possível, mesmo após o prazo. Assim, será gerada uma Darf para pagamento da multa.

CPF pode ser bloqueado

De acordo com José Carlos Fonseca, auditor-fiscal da Receita Federal, quem não entregar a declaração pode ter o CPF com status “pendente de regularização” ou “omisso na entrega”.

Nessa situação, o contribuinte pode enfrentar dificuldades para:

  • Obter financiamentos;
  • Participar de programas sociais;
  • Emitir passaporte.

A única forma de regularizar a situação é enviando a declaração pendente.

Entregue, mesmo que incompleta

Se você já sabe que não conseguirá reunir toda a documentação a tempo, a orientação é: envie mesmo assim.

Segundo especialistas, declarar com as informações disponíveis evita a multa por atraso. Posteriormente, será possível corrigir ou complementar os dados por meio de uma declaração retificadora.

Como corrigir erros na declaração

Quem encontrar erros após enviar a declaração pode fazer a retificação sem problemas. O professor Hugo Dias Amaro, da PUC do Paraná, explica:

“Abra o programa da Receita, selecione ‘Declaração Retificadora’, insira o número do recibo e corrija os dados incorretos ou esquecidos”.

Essa correção pode ser feita mesmo após o prazo final e não gera multa.

O que muda na retificação após o prazo?

Segundo o professor Paulo Pêgas, do CRC do Rio de Janeiro, se a retificação for feita até 30 de maio, a Receita substitui a declaração anterior pela nova.

Porém, se o erro for percebido só após o prazo, a Receita mantém ambas as declarações. Ela então verifica as alterações e a documentação que justifique as mudanças.

Além disso, quem retificar depois do prazo não poderá mudar o modelo de tributação escolhido inicialmente.

Por isso, é fundamental não deixar para a última hora.

Risco de cair na malha fina

Se o contribuinte perceber erros e não fizer a correção, corre o risco de cair na malha fina e ser multado.

Acompanhamento após a entrega

Depois de enviar a declaração, é essencial monitorar seu processamento.

Esse acompanhamento é feito pelo portal e-CAC, acessado com a conta gov.br nos níveis Ouro ou Prata. Lá, na seção “Meu Imposto de Renda”, o contribuinte pode visualizar o status da declaração.

Esse monitoramento permite identificar eventuais inconsistências e fazer a autorregularização, evitando autuações.

Guarde os comprovantes por 5 anos

È importante guardar todos os comprovantes usados na declaração por pelo menos cinco anos.

Caso haja imposto a pagar, o contribuinte deve ficar atento aos prazos, para não sofrer juros ou multas. O pagamento pode ser feito à vista ou parcelado.

E quem vai receber restituição?

Já quem tem direito à restituição pode acompanhar o calendário de pagamentos pelo e-CAC ou pelo aplicativo da Receita Federal.

As restituições são pagas em lotes e são corrigidas pela taxa Selic até o depósito.

Ou seja, mesmo após declarar, ainda é necessário:

  • Monitorar o status da declaração;
  • Corrigir eventuais erros;
  • Organizar a documentação;
  • Acompanhar pagamentos ou restituições.

Fonte: Agência Brasil