Trump recebe autorização da Suprema Corte para retirar visto de imigrantes

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Foto: Reprodução / X @realTrumpNewsX

A Suprema Corte dos Estados Unidos autorizou o governo de Donald Trump a cancelar o visto temporário de mais de 500 mil imigrantes. A decisão, divulgada nesta sexta-feira (30), abre caminho para a deportação imediata dessas pessoas.

Os juízes não explicaram os motivos do parecer. No entanto, sabe-se que duas magistradas votaram contra a medida. O placar final do julgamento não foi revelado. A Suprema Corte é formada por nove integrantes.

Quem será afetado

A medida afeta diretamente venezuelanos, haitianos, cubanos e nicaraguenses que viviam legalmente nos Estados Unidos. Essas pessoas faziam parte de um programa criado em 2022, durante o governo do democrata Joe Biden.

Esse programa permitia que os imigrantes recebessem um visto temporário de dois anos antes mesmo de viajar. Com isso, podiam entrar no país de forma segura e legal. Eles precisavam de um patrocinador americano que se responsabilizasse pelos custos da viagem e estadia.

Fim da proteção humanitária

A autorização para cancelar esses vistos representa o fim de uma forma de proteção chamada liberdade condicional de imigração. Essa permissão temporária era concedida por razões humanitárias ou de interesse público, permitindo que os beneficiários vivessem e trabalhassem nos Estados Unidos.

O governo Trump argumentou que a suspensão do programa, feita por um tribunal inferior, enfraquecia políticas migratórias consideradas fundamentais para conter entradas ilegais na fronteira. Segundo o Departamento de Justiça, essas políticas foram aprovadas democraticamente e tiveram peso na eleição presidencial.

Risco para famílias inteiras

Imigrantes afetados pela decisão entraram com ações judiciais para tentar manter seus vistos. Eles afirmam que, sem essa proteção, ficarão vulneráveis à deportação rápida, inclusive para os mesmos países em crise de onde fugiram.

Além disso, muitos poderão ser separados de suas famílias, já que vivem legalmente com filhos, cônjuges e parentes nos EUA. Grupos de direitos humanos alertam para os riscos de perseguição, violência e até morte caso essas pessoas sejam forçadas a retornar aos seus países de origem.