
O governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, decidiu aumentar a pressão sobre países com quem mantém negociações comerciais ativas. Um rascunho de carta, obtido pela agência Reuters, mostra que os EUA exigem propostas mais vantajosas até a próxima quarta-feira (4).
O documento revela que a gestão Trump quer acelerar as negociações e fechar acordos concretos antes de retomar o tarifaço suspenso em abril. A decisão mostra uma estratégia clara de reforçar a posição americana e garantir mais benefícios econômicos nos próximos meses.
Medida antecipa volta das tarifas
Em abril, Trump havia anunciado a suspensão das tarifas por 90 dias, após forte reação negativa dos mercados financeiros. No entanto, a pressão agora retorna com força total. O governo quer concluir os acordos antes de 8 de julho, quando termina o período de suspensão.
Durante esse tempo, a equipe do Representante de Comércio dos EUA (USTR) intensificou as conversas com dezenas de países. Agora, a carta pede que cada um deles envie suas melhores ofertas, principalmente nas áreas de produtos industriais, bens agrícolas, barreiras comerciais e segurança digital.
Estados Unidos buscam vantagens claras
De acordo com o documento, os EUA esperam respostas objetivas e rápidas. As propostas devem mostrar concessões concretas, como redução de tarifas, aumento de cotas para produtos americanos e compromissos com regras digitais e de segurança.
Além disso, cada país deverá apresentar medidas específicas para facilitar o acesso do comércio norte-americano. O texto ainda menciona a possibilidade de estabelecer tarifas recíprocas caso não haja avanços significativos.
Países-alvo seguem em tratativas
Embora o documento não cite todos os países diretamente, sabe-se que a carta foi enviada a nações com negociações em andamento, como Japão, Índia, Vietnã e União Europeia. O Reino Unido é o único país que chegou a um acordo parcial até agora, segundo autoridades americanas.
Um representante do USTR afirmou que os diálogos continuam. “As negociações produtivas com muitos parceiros estão em ritmo acelerado. É do interesse de todos avaliar o que foi alcançado e definir os próximos passos”, disse.