Revista Poder

Em novo ataque verbal, Lula classifica guerra em Gaza como genocídio

Cadastro nacional de condenados por crimes sexuais entra em vigor com sanção de Lula

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Durante um discurso em Brasília, neste domingo (1º), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou novamente a ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza. Ele classificou as ações como “genocídio” e condenou a construção de novos assentamentos na Cisjordânia.

Fala durante congresso do PSB

Lula participou do congresso nacional do PSB e aproveitou o palco para reforçar seu posicionamento sobre o conflito no Oriente Médio. “A guerra que estamos vendo não é entre dois exércitos. É um exército altamente profissionalizado matando mulheres e crianças indefesas”, declarou.

A plateia acompanhou a fala com aplausos e gritos de “Palestina livre”. A primeira-dama, Janja da Silva, também estava presente. Durante o evento, Lula leu uma nota oficial do Itamaraty, que condena a decisão israelense de construir 22 novos assentamentos em território ocupado.

Condenação e defesa dos direitos palestinos

A nota do Ministério das Relações Exteriores classificou a decisão como uma “flagrante ilegalidade” diante do direito internacional. O governo brasileiro também reafirmou seu apoio à solução de dois Estados, com fronteiras baseadas nas linhas de 1967 e Jerusalém Oriental como capital palestina.

Segundo Lula, as atitudes recentes de Israel mostram desrespeito às resoluções internacionais. Ele afirmou que essas medidas servem apenas para impedir a criação de um Estado palestino.

Lula também falou sobre o agravamento da crise humanitária na Faixa de Gaza. Ele citou um bombardeio que, segundo relatos, matou nove dos dez filhos da médica palestina Alaa Al-Najjar. “Foi um ato vergonhoso e covarde. Isso não é mais defesa, é crueldade e desumanidade”, afirmou o presidente.

Durante o discurso, Lula deixou claro que não está contra o povo judeu. “Nem o povo judeu quer essa guerra”, disse. Para ele, o que está acontecendo é uma ação de vingança do governo israelense. Ele acredita que há uma tentativa de barrar o reconhecimento internacional da Palestina.

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