Câmara aprova aumento de pena para quem provoca fogo em floresta

Câmara aprova aumento de pena para quem provoca fogo em floresta
Grandes focos de incêndio atingem áreas do Parque Nacional de Brasília. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira (2) um projeto de lei que aumenta a pena para quem provoca incêndios em florestas ou áreas de vegetação. A proposta eleva a reclusão de 2 a 4 anos para 3 a 6 anos, além de prever multa e outras sanções. O texto agora segue para o Senado, onde será analisado.

O projeto, identificado como PL 3330/24, também proíbe o responsável pelo crime ambiental de firmar contratos com o poder público por cinco anos, a contar da condenação definitiva.

Medida visa frear práticas criminosas

Segundo o relator Patrus Ananias (PT-MG), a medida busca desestimular ações ilegais e garantir uma resposta mais firme do Estado frente à destruição de biomas. Ele destacou que os danos causados por incêndios criminosos afetam não só o meio ambiente, mas também a saúde da população e o equilíbrio econômico de muitas regiões.

As queimadas ilegais colocam em risco ecossistemas inteiros, reduzem a biodiversidade e intensificam as mudanças climáticas. Por isso, o endurecimento da pena é visto como uma forma de prevenção e reparação.

Queima controlada segue permitida

Apesar da rigidez, o projeto não prevê punição para casos de queima controlada, que tenham autorização e finalidade ambiental adequada. Também respeita o uso tradicional de fogo por povos indígenas e comunidades locais, quando feito de forma adaptativa e segura.

Essas exceções foram incluídas para preservar práticas culturais e técnicas de manejo sustentável, sem prejudicar o combate aos crimes ambientais.