Revista Poder

Suzano, de David Feffer, e Kimberly-Clark criam joint venture que nasce como a oitava maior empresa global de tissue

Foto Reprodução Instagram

A parceria com a Kimberly-Clark, anunciada nesta quinta-feira pela Suzano, é vista por analistas como positiva para a empresa brasileira, uma vez que amplia sua diversificação de produtos. A operação dará origem à oitava maior empresa do mundo em papéis de higiene (tissue), segmento considerado mais resiliente dentro da indústria de celulose.

Após especulações no início do ano de que a Kimberly-Clark estaria reavaliando seus negócios fora dos Estados Unidos — e após ter se envolvido em conversas com outros players do setor, como a Royal Golden Eagle (RGE), de Cingapura, e a Asia Pulp & Paper (APP), da Indonésia —, a brasileira acabou adquirindo o ativo, que conhece muito bem.

A transação ocorre também dois anos e meio após a empresa de papel e celulose da família Feffer anunciar a compra dos ativos da Kimberly-Clark no Brasil. Agora, as duas companhias estão criando uma empresa separada, avaliada em US$ 3,4 bilhões, com sede na Holanda e operações em 14 países. A companhia brasileira deterá 51% das ações e indicará a equipe de gestão, incluindo o CEO e o CFO, além de três dos cinco membros do conselho de administração. A Suzano ainda poderá indicar outros executivos de nível C (C-level).

A Suzano espera um retorno sobre o investimento de 15,5% com a transação. “Vimos uma janela de oportunidade para fechar uma transação que vai criar valor e tem baixo risco de execução”, afirmou o presidente Beto Abreu, em conferência com analistas.

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