
O dólar iniciou o dia em queda, acompanhando o movimento internacional de desvalorização da moeda americana. A principal razão foi a divulgação de dados de inflação abaixo do esperado nos Estados Unidos. Isso aumentou a expectativa de que o Federal Reserve possa cortar os juros ainda neste ano.
Com a possibilidade de juros mais baixos, investidores começaram a retirar recursos dos ativos norte-americanos. Ao mesmo tempo, buscaram mercados alternativos, como o Brasil, o que impulsionou a entrada de dólares no país e ajudou a pressionar a moeda para baixo.
Ibovespa reage com cautela ao ambiente instável
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, até tentou subir, mas avançou com moderação. As incertezas no cenário doméstico e as tensões geopolíticas limitaram o entusiasmo dos investidores.
Apesar do alívio com a inflação nos Estados Unidos, o mercado financeiro mantém o pé no freio. Isso se deve à combinação de conflitos no Oriente Médio e ao risco de novos atritos comerciais entre Estados Unidos e China.
Tensões no Oriente Médio preocupam
Além das questões econômicas, os investidores monitoram o avanço de conflitos na região do Oriente Médio. O governo dos EUA decidiu retirar parte de seus funcionários do Iraque, elevando o alerta para a segurança na área.
Esse tipo de notícia gera receio nos mercados, pois aumenta o sentimento de aversão ao risco. Quando isso acontece, os investidores tendem a abandonar ativos mais voláteis, como ações de países emergentes, e buscam opções mais seguras.
IOF e medidas fiscais entram no radar
No Brasil, a edição de uma nova Medida Provisória (MP) pelo governo também trouxe instabilidade. A MP altera pontos do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e inclui novas tributações, como sobre apostas online e alguns tipos de investimentos.
Lideranças políticas já demonstraram resistência às medidas. Há cobranças para que o governo apresente soluções estruturais, e não apenas aumentos pontuais de impostos.
Esse clima de incerteza afeta a confiança do mercado, que teme um possível impacto negativo nas contas públicas e na capacidade de manter o arcabouço fiscal em equilíbrio.