Itália começa a julgar extradição de Carla Zambelli

Zambelli é internada e não irá mais depor nesta quinta (26)
Foto: Reprodução Bluesky (@np-oficial.bsky.social‬)

O governo italiano recebeu nesta quinta-feira (12) o pedido de extradição da deputada federal licenciada Carla Zambelli, do PL de São Paulo. O embaixador do Brasil na Itália, Renato Mosca, entregou o documento em mãos no Ministério das Relações Exteriores da Itália, conhecido como Farnesina.

A entrega oficial marca o início do processo formal para que Zambelli volte ao Brasil, onde já foi condenada a 10 anos de prisão. A pena foi definida após sua condenação por invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Itália agora analisa o caso

Com o recebimento do pedido, o governo da Itália começa a avaliar se a extradição é admissível. Primeiro, o documento passa por análise diplomática na Farnesina. Depois, o caso segue para o Ministério da Justiça italiano, que decidirá se há base legal para avançar.

Esse processo costuma ser lento e técnico, já que envolve leis dos dois países. Mesmo com aval do governo, a decisão final cabe ao Judiciário italiano.

Zambelli está foragida com passaporte europeu

Carla Zambelli deixou o Brasil na última quinta-feira (5), usando um passaporte italiano. As autoridades brasileiras confirmaram que ela entrou no país europeu legalmente, graças à sua cidadania dupla.

Agora, ela aparece na lista de foragidos da Interpol, que abrange 196 países. Por isso, mesmo fora do Brasil, ela está sendo monitorada internacionalmente.

Brasil aposta na cooperação entre os países

O governo brasileiro acredita que a cooperação com a Itália pode facilitar a extradição. Os dois países mantêm acordos diplomáticos e jurídicos, o que torna o processo mais possível — embora não necessariamente rápido.

Ainda assim, especialistas alertam que casos envolvendo políticos e figuras públicas costumam ser mais complexos. A Justiça italiana pode avaliar questões políticas e de direitos humanos antes de tomar uma decisão.