Revista Poder

Mauro Cid tem prisão decretada e revogada em poucas horas

Mauro Cid || Crédito: Bruno Spada / Câmara dos Deputados

O Supremo Tribunal Federal (STF) decretou na manhã desta sexta-feira (13) a prisão de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. No entanto, a decisão foi revogada poucas horas depois, enquanto agentes da Polícia Federal (PF) já estavam na casa do militar.

A ordem partiu do ministro Alexandre de Moraes, no âmbito de uma nova frente de apurações. O inquérito mira o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, suspeito de tentar ajudar Cid a deixar o Brasil com um passaporte português.

Depoimento mantido

Apesar do recuo na prisão, o tenente-coronel será levado para prestar novo depoimento à PF. A expectativa é que o interrogatório ocorra ainda nesta manhã. O objetivo é esclarecer as tentativas recentes de obstrução de Justiça.

Cid já responde a outros inquéritos no STF, inclusive na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado.

Tentativa de fuga

A nova linha de apuração surgiu após a PF receber informações de que Gilson Machado teria atuado junto ao consulado de Portugal no Recife, no dia 12 de maio, para emitir um passaporte europeu para Mauro Cid. O documento facilitaria uma possível saída do país, o que chamou a atenção dos investigadores.

Mesmo sem sucesso na emissão, a PF acredita que o ex-ministro ainda poderia buscar alternativas em outras embaixadas ou consulados.

Gilson Machado preso

Na mesma operação, a Polícia Federal prendeu Gilson Machado em Recife (PE). O ex-ministro também é investigado por usar suas redes sociais para arrecadar doações em dinheiro que teriam como destino o ex-presidente Jair Bolsonaro.

A Procuradoria-Geral da República (PGR), comandada por Paulo Gonet, pediu ao STF a abertura de inquérito contra Machado. A acusação envolve obstrução de investigação penal e favorecimento pessoal.

Para o procurador, as atitudes de Machado levantam fortes indícios de que ele tenta interferir no andamento da Justiça, especialmente nas ações que envolvem aliados do governo anterior.

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