Nesta terça-feira (24), o dólar recua 0,21 %, cotado a R$ 5,4913 às 11h20. Em paralelo, o Ibovespa avança 0,32 %, chegando aos 136.993 pontos. O cenário mudou desde segunda, quando a moeda norte‑americana subiu impulsionada pela alta nas tensões geopolíticas.
Palavras‑chave: trégua e violação
Apesar do cessar‑fogo anunciado por Trump, Israel e Irã acusam‑se mutuamente de violarem o acordo, reacendendo os receios no Oriente Médio. Ainda assim, os mercados operam no campo positivo, refletindo uma margem de esperança em relação à calmaria na região.
Tarifas e Fed também influenciam
Além do conflito, os investidores observam a conclusão das negociações tarifárias americanas com parceiros comerciais. Ademais, o mercado monitora o Federal Reserve dos EUA. Ele aguarda os efeitos das tarifas nos preços antes de ajustar os juros.
No radar do BC
No Brasil, a amanhã de Copom chama atenção. A ata recente reitera a pausa no ciclo de aumentos da Selic, para avaliar os efeitos de juros altos sobre a economia. Isso reforça um viés mais dovish (mais suave) na política monetária.
📊 Indicadores da sessão
Indicador | Semana | Mês | Ano |
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Dólar | −0,40% | −3,77% | −10,96% |
Ibovespa | −0,41% | −0,35% | +13,52% |
Contexto geopolítico: retomada da tensão
Israel iniciou uma ofensiva contra alvos nucleares e militares suspeitos no Irã desde 13 de junho. O Irã revidou lançando mísseis até contra a base americana de Al Udeid, no Catar. O anúncio de cessar‑fogo veio na segunda-feira, mediado pelos EUA e o Catar, mas já houve novas acusações de ataque. Neste cenário, o dólar recua e a bolsa resistem, embora o risco de conflito persista.
Petróleo e impacto regional
O conflito elevou os preços do petróleo, já que a rota pelo Estreito de Ormuz pode ser afetada. Porém, a trégua parcial e os ataques contidos até agora mantêm os mercados de energia sob controle. Ainda assim, a perspectiva de bloqueios nesse canal continua sendo um risco.
Perspectivas para juros e economia
A Selic em 15 %, majoritária hoje, deve seguir no mesmo patamar por mais tempo se o Copom mantiver o tom conservador. O dólar mais baixo e a bolsa firme refletem esse horizonte de juros estáveis. No entanto, o crescimento econômico e a inflação futura ainda dependem da calmaria das tensões globais.