Revista Poder

China pode continuar comprando petróleo do Irã, diz Trump

Donald Trump declara "era de ouro" em posse presidencial

Imagem: Reprodução / X @reuters

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (25) que a China pode continuar comprando petróleo do Irã, apesar das sanções impostas por Washington. A declaração foi feita poucos dias depois do anúncio de um cessar-fogo entre Israel e Irã, mediado pelos EUA.

A fala de Trump gerou repercussão imediata no mercado. Os preços do petróleo caíram quase 6% logo após a publicação nas redes sociais. A queda nos preços ocorreu porque o mercado interpretou a fala como um possível sinal de afrouxamento das sanções econômicas ao Irã.

Fala causou confusão

Mesmo após os ataques ordenados por Trump a instalações nucleares iranianas, o presidente disse esperar que a China continue comprando petróleo americano, mas também reconheceu a importância do fornecimento iraniano para Pequim.

A Casa Branca, no entanto, negou qualquer mudança na política oficial. Segundo assessores do governo, o presidente apenas comentou uma realidade prática, já que o Irã não fechou o Estreito de Ormuz, por onde escoam as exportações.

Sanções seguem ativas

O assessor da Casa Branca reforçou que os EUA continuam pedindo que todos os países, inclusive a China, evitem comprar petróleo iraniano, em respeito às sanções ainda em vigor. A equipe de Trump garantiu que a fala não representa um sinal verde formal.

Ainda assim, especialistas interpretaram a mensagem como um afrouxamento informal das restrições. Para Scott Modell, ex-agente da CIA e hoje executivo do Rapidan Energy Group, a postura atual mostra um relaxamento na aplicação prática das penalidades.

Estratégia política

Trump, que já declarou intenção de retomar negociações nucleares com o Irã, pode estar usando as sanções como ferramenta de pressão. Segundo analistas, o governo dos EUA pode suspender as medidas em um eventual novo acordo.

Atualmente, os EUA mantêm diversas sanções ativas contra empresas chinesas que importam petróleo iraniano, especialmente refinarias menores, conhecidas como “teapots”. Essas refinarias já foram alvo de punições anteriores por ignorar as restrições americanas.

Sair da versão mobile