O mercado de trabalho brasileiro deu mais um sinal de fortalecimento. A taxa de desemprego caiu para 6,2% no trimestre encerrado em maio, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgada nesta sexta-feira (27) pelo IBGE.
Menos pessoas sem trabalho
Atualmente, o país tem 6,8 milhões de pessoas desempregadas, o que representa 8,6% a menos do que no trimestre anterior. Em relação ao mesmo período de 2024, a queda foi ainda maior: 12,3%.
Esse é o menor número de desocupados desde o início de 2015, segundo o analista do IBGE, William Kratochwill. Ele afirma que o resultado coloca o Brasil no melhor patamar do mercado de trabalho dos últimos dez anos.
Carteira assinada em alta
O número de empregos formais também surpreendeu. O total de trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegou a 39,8 milhões, o maior da série histórica.
Esse avanço foi puxado principalmente pelo aumento da ocupação em áreas como educação, saúde e serviços públicos, que tradicionalmente abrem mais vagas no início do ano letivo.
Rendimento e ocupação crescem
O país também viu crescer o número de pessoas ocupadas, que somaram 103,9 milhões no período. Isso representa uma alta de 1,2% em relação ao trimestre anterior.
Mesmo com o rendimento médio estável, a massa de rendimento dos trabalhadores chegou a R$ 354,6 bilhões. Esse é o maior valor já registrado pelo IBGE e mostra que mais pessoas estão ganhando.
Informalidade e desalento em queda
A informalidade, que inclui trabalhadores sem carteira e autônomos sem CNPJ, caiu para 37,8%. Isso mostra que mais brasileiros estão conseguindo empregos com direitos.
Outro dado importante é a redução do número de desalentados, que são aqueles que desistiram de procurar emprego. Eles somam hoje 2,89 milhões, o menor número desde 2016.
Segundo o IBGE, isso é resultado da melhoria nas condições do mercado de trabalho, que vem gerando mais oportunidades visíveis para quem estava fora da disputa por uma vaga.
Contribuição à previdência também avança
Com o aumento do trabalho formal, mais brasileiros estão contribuindo para a previdência social. O número chegou a 68,3 milhões de pessoas, também um recorde histórico.
Esse avanço mostra que o trabalho com carteira assinada e os negócios formalizados estão crescendo, o que é essencial para o equilíbrio das contas públicas e a garantia de aposentadorias no futuro.