Revista Poder

Haddad reafirma compromisso com meta fiscal e nega mudanças após queda do decreto do IOF

Foto Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Compromisso com a meta fiscal permanece

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (1º) que não haverá alteração na meta fiscal de 2025, mesmo após a derrubada, pelo Congresso Nacional, do decreto que elevava as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Segundo o ministro, essa não é a primeira vez que o governo precisa lidar com medidas não planejadas pelo Executivo. “Em 2023, por exemplo, conseguimos cumprir a meta mesmo com a prorrogação inesperada do Perse e a desoneração da folha dos municípios”, relembrou.

Divergência com o Congresso

A mudança de posição do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre o IOF surpreendeu o governo. De acordo com Haddad, o parlamentar havia sinalizado apoio à medida durante uma reunião anterior, mas depois recuou.

Apesar disso, o ministro disse que mantém o respeito institucional e deseja continuar o diálogo. “Não tratamos isso como traição. Estamos aguardando o retorno de uma ligação que fiz ao deputado”, explicou. Ele também destacou que Motta sempre teve boa relação com o Ministério da Fazenda.

Nova proposta virá após o recesso

Em relação à compensação fiscal, Haddad informou que o governo vai apresentar uma nova proposta após o recesso parlamentar. A ideia é revisar gastos tributários sem afetar setores protegidos por lei, como o Simples Nacional e a cesta básica.

A forma do encaminhamento ainda está em discussão — pode ser por meio de projeto de lei ou emenda constitucional. O ministro afirmou que o governo está trabalhando para atender aos pedidos do Congresso sem causar desgastes políticos desnecessários.

Eleições à vista e responsabilidade fiscal

Por fim, ao ser questionado sobre a possibilidade de flexibilizar as contas públicas com a proximidade das eleições de 2026, Haddad foi direto: “Não somos o governo Bolsonaro”, disse, em crítica à gestão anterior.

Segundo ele, o presidente Lula “sabe da importância de fazer as coisas certas” e, portanto, a responsabilidade fiscal será mantida. “Não queremos voltar ao descontrole das contas públicas. Isso já causou prejuízos demais ao país. Estamos indicando um novo caminho”, concluiu.

Fonte: Agência Brasil

Sair da versão mobile