Na quarta-feira (2), Jair Bolsonaro (PL) comunicou que permanecerá em repouso absoluto durante todo o mês de julho. Ele sofre com crises constantes de soluços e vômitos, que dificultam até a fala. Por isso, cancelou compromissos agendados em Santa Catarina e Rondônia.
Além disso, explicou que a decisão decorre de uma consulta médica de urgência. Nas redes sociais, afirmou: “Após consulta médica de urgência foi-me determinado ficar em repouso absoluto durante o mês de julho. Do exposto ficam suspensas as agendas de Santa Catarina e Rondônia. Crise de soluços e vômitos tornaram-se constantes, fato que me impedem até de falar”.
Médicos reforçam necessidade do repouso
Na noite de terça-feira (1), Michelle Bolsonaro publicou no Instagram o boletim médico do ex-presidente. Os médicos Claudio Birolini e Leandro Echenique, responsáveis pelo acompanhamento desde abril, assinam o documento.
Eles informam que o repouso domiciliar é essencial para garantir a recuperação completa. “Comunicamos que o Sr. Jair Messias Bolsonaro permanecerá em repouso domiciliar durante o mês de julho, com o objetivo de garantir a completa recuperação de sua saúde após cirurgia extensa e internação prolongada, episódio de pneumonia e crises recorrentes de soluços, que dificultam a sua fala e alimentação”, disseram os médicos.
Ainda assim, os especialistas ressaltam que as crises dificultam a alimentação e a fala, agravando o quadro clínico.
Participação em ato político preocupa equipe médica
Apesar do quadro debilitado, Bolsonaro participou de um ato na Avenida Paulista no domingo (29). Lá, voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) e negou envolvimento em tentativa de golpe de Estado.
No entanto, a presença surpreendeu apoiadores e médicos. Isso porque, no sábado (21), ele passou mal durante uma agenda em Goiânia. Logo depois, retornou a Brasília, onde recebeu diagnóstico de pneumonia viral.
Cirurgias anteriores ainda impactam a saúde
Em abril, Bolsonaro passou por cirurgia de aproximadamente 12 horas para remover aderências intestinais e reconstruir a parede abdominal. Ele ficou internado por três semanas em hospital particular de Brasília. Após alta, retomou compromissos.
Desde a facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018, ele já passou por seis cirurgias. Por isso, a equipe médica reforça que o repouso é indispensável para evitar complicações.