Malafaia chama Moraes de “criminoso” e acusa STF de perseguir Bolsonaro

Foto: Twitter/X
Foto: Twitter/X

Durante entrevista ao programa Contexto Metrópoles na quarta-feira (23), o pastor Silas Malafaia fez duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Aliado próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro, Malafaia acusou o magistrado de agir fora da legalidade. Segundo ele, Moraes não respeita os princípios constitucionais.

“Alexandre de Moraes é um criminoso, porque rasga sucessivamente a Constituição. E cito aqui os artigos, para não dizer que é bravata: artigo 5º, inciso IV; artigo 5º, inciso XVI; artigo 5º, inciso LV; artigo 53; artigo 102; artigo 129 e os parágrafos seguintes.”

Defesa de Bolsonaro nas investigações

Além dos ataques ao ministro, Malafaia criticou diretamente a inclusão de Jair Bolsonaro nas investigações que apuram uma tentativa de golpe de Estado. Ele afirmou que o ex-presidente não estava no Brasil no período das manifestações e, portanto, não poderia ser responsabilizado.

“Bolsonaro estava na América. Foi ele que convocou o povo para a frente dos quartéis? Foi ele que mandou o povo quebrar Brasília? Como é que ele é incluído num inquérito? Isso é uma farsa de pura perseguição política.”

De acordo com Malafaia, as investigações fazem parte de uma campanha para enfraquecer Bolsonaro politicamente. Ele alegou que há um esforço deliberado de setores do Judiciário para silenciar o ex-presidente.

Nova decisão de Moraes amplia restrições

Enquanto isso, o ministro Alexandre de Moraes impôs uma nova restrição ao ex-presidente. A medida, anunciada também na quarta-feira (23), impede Bolsonaro de divulgar qualquer tipo de conteúdo, de forma direta ou indireta, por meio das redes sociais.

A proibição inclui transmissões ao vivo, vídeos, áudios e até transcrições publicadas por terceiros. Segundo Moraes, o descumprimento dessa determinação poderá resultar na prisão imediata do ex-presidente, por tentativa de burlar uma decisão da Justiça.

Essa decisão faz parte do inquérito que investiga um suposto plano para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro justificou a medida ao considerar que as falas recentes de Bolsonaro ultrapassaram os limites do discurso político. Para Moraes, elas configuram “ousadia criminosa”.