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China abre mercado para café brasileiro após tarifa dos EUA

Foto: ChatGPT

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Liberação amplia oportunidades para o café nacional

A China aprovou a exportação de café por 183 empresas brasileiras, conforme anunciado pela embaixada chinesa no Brasil no sábado (02). A medida já está em vigor desde terça-feira (30) e abre novas possibilidades para o setor cafeeiro do país, especialmente após os Estados Unidos decidirem impor uma tarifa de 50% sobre o produto.

As novas autorizações têm validade de cinco anos. Com isso, os exportadores brasileiros ganham um fôlego importante em meio às dificuldades impostas pelo mercado americano, até então um dos principais destinos do café nacional.

Sobretaxa dos EUA pressiona exportadores

A tarifa anunciada pelo presidente Donald Trump começa a valer na próxima terça-feira (06). O aumento atinge diretamente o café brasileiro, produto que lidera a pauta de exportações do país para os Estados Unidos. Atualmente, o Brasil vende cerca de 8 milhões de sacas por ano ao mercado norte-americano.

A decisão norte-americana representa um duro golpe para os exportadores. Por isso, empresários e autoridades já buscam alternativas para manter o fluxo comercial e evitar perdas maiores.

China se fortalece como alternativa

Atualmente, a China é o principal parceiro comercial do Brasil. Apesar disso, a venda de café ao país asiático ainda é pequena se comparada aos números dos Estados Unidos. Em junho, o Brasil exportou 440 mil sacas para o mercado americano, contra apenas 56 mil sacas enviadas aos chineses, segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

Com a nova autorização, esse cenário pode começar a mudar. A expectativa é que as exportações para a China cresçam nos próximos meses, ajudando a compensar os prejuízos causados pela nova taxa imposta pelos EUA.

Mercado americano representa fatia significativa

Mesmo diante da abertura do mercado chinês, os Estados Unidos ainda representam uma fatia expressiva para o café brasileiro. O Brasil detém cerca de um terço do mercado de café dos EUA, o que corresponde a um comércio de aproximadamente US$ 4,4 bilhões no período de 12 meses encerrado em junho.

Por isso, a preocupação com os efeitos da tarifa é grande. Questionados pela Reuters, tanto o Ministério da Agricultura quanto o Cecafé não se pronunciaram sobre o impacto imediato da medida até a última atualização desta reportagem. A reportagem também não conseguiu contato com a autoridade alfandegária chinesa.

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