Revista Poder

Luiz Marinho minimiza tarifaço dos EUA: “O mundo não vai acabar”

Ministro afirma que governo está pronto para negociar e que impacto ainda é incerto

ministro Luiz Marinho

Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, adotou um tom de tranquilidade ao comentar sobre o novo pacote de tarifas anunciado pelos Estados Unidos. Durante uma coletiva nesta segunda-feira (4), ele afirmou que ainda é prematuro prever os efeitos da medida no mercado de trabalho brasileiro.

“O mundo não vai acabar. O mundo continuará lindo, firme e forte”, declarou o ministro ao apresentar os dados do Novo Caged.

Segundo Marinho, o governo brasileiro está completamente disponível para negociar com os norte-americanos, bem como com qualquer outro país que deseje estabelecer parcerias comerciais com o Brasil.

Possibilidade de revisão das tarifas

Apesar da tensão gerada pelas novas tarifas impostas pelo governo de Donald Trump, Marinho acredita que os Estados Unidos ainda podem reconsiderar parte das medidas. Ele destacou que o cenário tem mudado com frequência e que o governo brasileiro prefere tomar decisões com base em informações consolidadas.

“Trump voltou atrás em vários produtos. Como essa relação é um tanto esquizofrênica, precisamos esperar as definições finais antes de agir”, observou.

Medidas de apoio estão em análise

O Ministério do Trabalho conclui nesta semana os estudos sobre o plano de contingência que será oferecido aos setores exportadores mais afetados. No entanto, o ministro ressaltou que nenhuma medida será anunciada antes da entrada em vigor das tarifas, marcada para quarta-feira (6).

Além disso, ele reforçou que o governo só irá tomar decisões com base em dados concretos, evitando reações precipitadas diante de um cenário ainda em construção.

Balança comercial: dados corrigem narrativa

Durante a coletiva, Marinho também criticou a justificativa usada por Trump para implementar as tarifas. Segundo o ministro, a balança comercial atual favorece os Estados Unidos, e não o Brasil — ao contrário do que alega o ex-presidente americano.

“Está claríssimo que não há déficit para os Estados Unidos. Quem exporta mais são eles. Se alguém deve se queixar, somos nós”, disse.

Ele defendeu que qualquer diálogo futuro entre os dois países deve ocorrer com base em informações corretas, sem distorções.

Relações históricas merecem respeito

O ministro encerrou destacando que os laços comerciais entre Brasil e Estados Unidos são sólidos e antigos. Por isso, segundo ele, não faz sentido adotar medidas que desconsiderem esse histórico de cooperação.

“Os Estados Unidos são um parceiro importante para o Brasil há mais de dois séculos. Não podemos confundir ‘alhos com bugalhos’ ou alimentar dúvidas infundadas. O governo Lula está preparado para o diálogo sério e respeitoso”, concluiu Marinho.

 

Fonte: Agencia Brasil

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