
Em julho de 2025, as exportações brasileiras de carne bovina alcançaram 313,7 mil toneladas, representando um crescimento de 15,6% em relação a junho e de 17,2% ante julho de 2024, quando foram embarcadas 267,9 mil toneladas. Em valores, as vendas renderam US$ 1,67 bilhão, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).
A China manteve-se como principal destino, comprando 160,6 mil toneladas, equivalentes a 51,2% do total, com receita de US$ 881,9 milhões. Em seguida, aparecem os Estados Unidos (18,2 mil toneladas; US$ 119,9 milhões), México (15,6 mil toneladas; US$ 88,3 milhões), Rússia (13,8 mil toneladas; US$ 61,5 milhões) e União Europeia (11,8 mil toneladas; US$ 99,4 milhões).
O embarque de carne in natura representou 88,27% do total, totalizando 276,9 mil toneladas, enquanto miúdos corresponderam a 6,23% e industrializados, 3,27%, ambas categorias com crescimento significativo sobre o mês anterior.
No acumulado de janeiro a julho, o Brasil exportou 1,78 milhão de toneladas de carne bovina, gerando US$ 8,9 bilhões, alta de 14,1% em volume e 30,2% em valor em comparação com o mesmo período de 2024. A China lidera também no acumulado anual, com 801,8 mil toneladas e US$ 4,10 bilhões, seguida pelos Estados Unidos (199,7 mil toneladas; US$ 1,16 bilhão), Chile, México e Rússia.
A diversificação de mercados é outro destaque: em 2025, o Brasil exportou carne bovina para cerca de 160 países, incluindo crescimento expressivo em México (+217,6%), União Europeia (+109,7%) e Canadá (+101,1%). A presença em mercados estratégicos no Oriente Médio, Sudeste Asiático e Leste Europeu também aumentou.
Apesar da inclusão da carne bovina brasileira na tarifa de 50% aplicada pelos Estados Unidos, a Abiec mantém perspectivas positivas para o segundo semestre, reforçando a competitividade do setor e a capacidade da cadeia produtiva de atender diferentes perfis de consumo globais.