Juíza nega pedido de Elon Musk em disputa judicial com OpenAI

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A Starlink destacou em comunicado que continuará com as operações no Brasil mesmo com a decisão de Moraes – Reprodução X (@Sophi22BR)

O CEO do X (ex-Twitter), Elon Musk, sofreu um revés na disputa judicial contra a OpenAI, empresa de inteligência artificial (IA) liderada por Sam Altman. Nesta semana, uma juíza distrital dos Estados Unidos, Yvonne Gonzalez, negou o pedido de Musk para rejeitar as alegações de assédio movidas pela OpenAI.

Segundo o tribunal, existem fundamentos suficientes para que o processo prossiga normalmente. A corte também criticou tanto Musk quanto a OpenAI, apontando manipulações de ambas as partes. Com isso, novos capítulos da disputa devem surgir nos próximos meses.

Acusações e contraprocessos

Nos autos, a OpenAI acusa Musk de conduzir uma campanha difamatória contra a empresa ao longo dos anos. Segundo a startup, o executivo teria usado redes sociais e promessas falsas de aquisição para prejudicar seus negócios e manipular a percepção pública sobre a organização.

Por outro lado, Musk entrou com um processo contra a OpenAI LP, a versão da empresa com fins lucrativos, alegando quebra de contrato após a transição do modelo original da organização.

Histórico de Musk com a OpenAI

Antes de adquirir o Twitter por R$ 218 bilhões (US$ 44 bilhões) em 2022, Musk esteve entre os fundadores da OpenAI. Ele deixou o conselho em fevereiro de 2018, alegando conflitos de interesse. Segundo Musk, sua empresa de carros autônomos, a Tesla, avançava em projetos próprios de IA. Na época, o executivo afirmou que continuaria apoiando a missão da OpenAI.

Desde então, Musk se tornou um crítico público da organização. Em 2023, fundou a xAI, concorrente direta da OpenAI, para desenvolver o Grok, programa de IA generativa integrado à rede social X.

Acusações cruzadas recentes

Nesta semana, Musk afirmou que a Apple estaria favorecendo a OpenAI na App Store, prejudicando o Grok. Em resposta, Sam Altman acusou Musk de manipular o algoritmo do X para beneficiar suas postagens e empresas.

Altman citou um relatório de 2023 que indicava tal comportamento e desafiou Musk a assinar uma declaração juramentada negando a manipulação. A disputa se estendeu até os chatbots: enquanto o Grok indicava que Musk tinha razão, interações com o ChatGPT demonstravam o contrário.