Revista Poder

Alckmin minimiza impacto de tarifas dos EUA e reforça negociação para reduzir prejuízos

Foto Reprodução Instagram

O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou neste sábado (23) que o Brasil vai superar a crise comercial causada pelas tarifas impostas pelo governo norte-americano. Durante um debate sobre conjuntura política promovido pelo Partido dos Trabalhadores (PT), em Brasília, ele ressaltou que o impacto é limitado, apesar da repercussão.

“Vai passar. Na década de 1980, 24% das nossas exportações iam para os EUA. Hoje, esse número caiu para 12%. E apenas 3,3% está realmente afetado pelo tarifaço”, disse Alckmin, que também ocupa o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Indústria é a mais prejudicada

Atualmente, 36% das exportações destinadas aos EUA enfrentam a tarifa de 50%, principalmente nos setores de máquinas, equipamentos, calçados e têxteis.

Segundo Alckmin, produtos agrícolas, como carne e café, podem ser redirecionados para outros mercados sem grandes dificuldades. Entretanto, ele reconhece que o mesmo não acontece com produtos industrializados:
“Comida, se eu não vendi lá, vendo em outro mercado. Já os produtos manufaturados são mais difíceis de realocar. Até dá para realocar, mas demora mais tempo.”

Negociações e novos mercados

O vice-presidente assegurou que o governo vai insistir para reduzir as tarifas. “Não vamos desistir de baixar essa alíquota e tirar mais produtos”, enfatizou.

Ele também destacou que 42% das exportações brasileiras não sofreram nenhuma taxação, enquanto 16% receberam tarifas aplicadas igualmente a outros países, como ocorre com aço, alumínio e cobre.

Para compensar as perdas, Alckmin aposta na diversificação de mercados e citou acordos em negociação:

No cenário internacional, o Brasil apresentou uma reclamação na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as tarifas americanas. Caso a disputa avance, Alckmin acredita que ela também chegará aos tribunais dos EUA.
“Você não pode usar política regulatória por razões partidárias”, criticou.

 

Fonte: Agência Brasil

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