Por Jair Vianna
Sem Tarcísio de Freitas na disputa, o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), sai em vantagem sobre os demais candidatos, liderando com 29,4% das intenções de voto em um dos cenários testados, segundo levantamento do Instituto Paraná Pesquisas divulgado nesta quarta-feira (27).
Realizada entre os dias 21 e 24 de agosto de 2025, a pesquisa ouviu 1.680 eleitores em 85 municípios paulistas. A margem de erro é de 2,4 pontos percentuais, com grau de confiança de 95%. O estudo buscou mapear a disputa pelo governo estadual em 2026 e avaliar a percepção da população sobre a administração federal.
No cenário espontâneo, em que os entrevistados citam nomes sem estímulo, Tarcísio de Freitas aparece com 3%, seguido por Michelle Bolsonaro (0,6%) e Ciro Gomes (0,5%). O índice de indecisos é elevado (48,8%), enquanto brancos e nulos somam 6,5%. Outros nomes, como Ratinho Junior, Romeu Zema e Ronaldo Caiado, tiveram menções abaixo de 0,5%.
Nos cenários estimulados para o primeiro turno, Tarcísio demonstra força quando incluído. Contra Geraldo Alckmin (PSB), por exemplo, chega a 43,8%, contra 23% do ex-governador. Márcio França (PSB), Fernando Haddad (PT) e Erika Hilton (PSOL) aparecem com percentuais menores em outros cenários.
Já sem Tarcísio, a disputa muda de figura. No cenário 4, Ricardo Nunes lidera com 29,4%, seguido por Márcio França (14,2%), Erika Hilton (9,3%), Rodrigo Manga (8,6%) e Alexandre Padilha (8%). Brancos/nulos chegam a 13,6%, e indecisos, a 7,6%. Em cenários sem Nunes e sem Tarcísio, França assume a dianteira, mas com índices mais baixos, entre 18% e 19,8%, e alta taxa de incerteza entre os eleitores.
As simulações de segundo turno mostram Tarcísio à frente em diferentes confrontos: contra Lula (50,4% a 37,6%), Michelle Bolsonaro (46,5% a 39,8%) e Jair Bolsonaro (47,7% a 39%).
Sobre a gestão federal, 38,1% aprovam o governo Lula, enquanto 58,2% desaprovam. A avaliação é ótima/boa para 28,1%, regular para 22% e ruim/péssima para 48,7%.
O instituto ressalta que, embora Tarcísio mantenha favoritismo para a reeleição, sua eventual candidatura à Presidência abre espaço para novos protagonistas, como Ricardo Nunes, que pode transformar sua visibilidade na capital em vantagem estadual.