O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou nesta terça-feira (26) ser um ditador, em resposta às críticas da imprensa e de adversários políticos sobre a presença de forças militares em Washington, D.C. Desde 12 de agosto, tropas da Guarda Nacional reforçam a segurança na capital, em uma medida que o republicano atribui ao crescimento da violência.
— O discurso é que eu sou um ditador, mas eu paro o crime. Então muita gente diz: “Se for esse o caso, eu prefiro um ditador”. Mas eu não sou um ditador. Eu só sei como parar o crime — declarou o presidente durante reunião de gabinete. No dia anterior, ele já havia reagido às acusações de autoritarismo, afirmando que não gosta de regimes ditatoriais.
Na mesma reunião, Trump elogiou os números apresentados por seus assessores sobre a atuação da Guarda Nacional na cidade. Ele ressaltou que a iniciativa já teria produzido resultados no combate à criminalidade.
O republicano também anunciou que pretende endurecer as punições para crimes graves em Washington. Segundo ele, o governo federal começará a defender a aplicação da pena de morte em casos de homicídio na capital. A prática, no entanto, foi abolida no Distrito de Colúmbia nos anos 1980.
A prefeita de Washington, a democrata Muriel Bowser, tem sido uma das vozes mais críticas à intervenção, classificando a ação como autoritária e desnecessária. O embate entre a gestão local e a Casa Branca expôs mais uma vez a polarização política no país em torno da segurança pública.