O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), ausente fisicamente da Câmara desde março, participou nesta quarta-feira (27) de forma remota da audiência da Subcomissão Especial dos Direitos dos Presos do 8 de Janeiro.
Na sessão, defendeu a aprovação de um perdão aos condenados pelos ataques às sedes dos Três Poderes, alegando que a anistia seria o “primeiro passo para virar a página”.
Atuação nos Estados Unidos
Desde fevereiro, Eduardo está em solo americano, onde mantém encontros com representantes do governo dos EUA. Ele é apontado como um dos articuladores da decisão do presidente Donald Trump de sobretaxar produtos brasileiros.
Segundo o deputado, essa atuação poderia abrir espaço para futuras negociações comerciais com os americanos.
Conflitos com o STF
Durante a audiência, Eduardo afirmou que foi alvo de acusações “inventadas” e fez críticas ao ministro Alexandre de Moraes, relator de inquéritos relacionados ao 8 de Janeiro no Supremo Tribunal Federal (STF).
O parlamentar foi indiciado pela Polícia Federal por suposta tentativa de influenciar processos contra o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, por meio das sanções econômicas impostas ao Brasil pelo governo Trump.
Ameaça de sanções secundárias
Eduardo Bolsonaro também voltou a ameaçar autoridades brasileiras que apoiem Moraes, sugerindo que elas poderiam ser alvo da Lei Magnitsky, legislação americana que prevê punições a violadores de direitos humanos.
Ele afirmou que, caso a Primeira Turma do STF mantenha apoio ao ministro, sanções secundárias poderiam ser aplicadas a outros integrantes do Judiciário.