
O assassinato do ex-presidente do parlamento ucraniano Andriy Parubiy, ocorrido no sábado (30), em Lviv, abalou o país já fragilizado pela guerra. O político de 54 anos foi morto a tiros, e o caso provocou forte reação das autoridades.
Na noite de domingo (31), o presidente Volodymyr Zelensky confirmou a prisão de um suspeito. A captura foi anunciada como resultado de uma ação rápida das forças de segurança, em meio à promessa de esclarecer todos os detalhes do crime.
Quem era Andriy Parubiy e qual sua importância política
Parubiy comandou o parlamento da Ucrânia entre abril de 2016 e agosto de 2019. Antes disso, ele se destacou como uma das principais lideranças nos protestos de 2013 e 2014, quando multidões foram às ruas exigir maior aproximação com a União Europeia.
O ex-parlamentar era visto como figura de relevância no cenário político ucraniano. Por isso, seu assassinato em plena guerra gerou questionamentos sobre segurança interna. Zelensky chamou o crime de “um assassinato horrível” e reforçou que se trata de “uma questão de segurança em um país em guerra”.
O que disseram Zelensky e as autoridades ucranianas
“O suspeito deu um testemunho inicial”, declarou Zelensky em mensagem no Telegram. Segundo ele, investigações urgentes já estão em andamento para identificar as circunstâncias do caso.
O presidente também agradeceu às forças policiais pelo trabalho imediato. “Agradeço às autoridades policiais por seu trabalho rápido e coordenado. Todas as circunstâncias desse assassinato horrível devem ser descobertas”, afirmou.
Como o crime foi planejado, segundo o governo
O ministro de Assuntos Internos, Ihor Klymenko, informou que o suposto atirador foi detido durante a noite na região de Khmelnytskyi, no oeste do país. Ele ressaltou que o ataque não foi aleatório.
“Muitos detalhes não podem ser compartilhados neste momento”, disse Klymenko. “Direi apenas que o crime foi cuidadosamente planejado: os movimentos da vítima foram estudados, uma rota foi mapeada e um plano de fuga foi pensado”.