
A jornalista Juliana Moreira Leite foi obrigada a retirar do ar mais de uma dezena de vídeos e postagens ofensivas contra a professora, palestrante e influenciadora Cíntia Chagas. As publicações ultrapassaram os limites da liberdade de expressão e configuraram violência digital, perseguição sistemática e ataques à honra.
Campanha de ódio
Nos conteúdos divulgados, Juliana construiu uma verdadeira campanha de difamação. Em tom de escárnio, ridicularizou o processo de violência doméstica movido por Cíntia contra o ex-marido, o deputado estadual Lucas Bove. Também utilizou expressões homofóbicas, questionando sua orientação sexual, além de disparar ofensas dirigidas à vida pessoal, profissional e até à aparência física da educadora.

Obrigação de retirada
Com a obrigação assumida, Juliana não poderá manter no ar os vídeos ou repetir ataques semelhantes. O descumprimento acarretará sanções, incluindo multa diária que pode alcançar cifras elevadas caso os conteúdos permaneçam publicados.
Liberdade de expressão não é salvo-conduto
A medida reforça que a liberdade de expressão não pode ser usada como escudo para práticas abusivas ou persecutórias. O caso se tornou emblemático no combate à violência digital de gênero e envia uma mensagem clara: quem utiliza as redes para difamar e atacar mulheres não ficará impune.
Marco contra violência digital
Juristas destacam que a retirada das publicações representa um marco importante no enfrentamento à criminalidade digital, especialmente em situações de perseguição e violência de gênero, consolidando a necessidade de responsabilização em casos de ataques virtuais reiterados.