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EUA dizem estar próximos de acordo em Gaza; Trump e Netanyahu se reúnem na Casa Branca

Benjamin Netanyahu e Donald Trump — Foto: X / Reprodução

O governo dos Estados Unidos afirmou nesta segunda-feira (29) que está “muito perto de um acordo” para encerrar os conflitos na Faixa de Gaza. A declaração foi feita horas antes do encontro entre o presidente Donald Trump e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que terão reunião na Casa Branca e, em seguida, farão um anúncio conjunto à imprensa.

Plano com 21 pontos

Segundo a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, o plano de paz em discussão reúne 21 pontos, incluindo a libertação imediata de reféns em até 48 horas e a retirada gradual das tropas israelenses de Gaza. Leavitt reconheceu que a proposta pode deixar ambos os lados “um pouco insatisfeitos”, mas reforçou que os EUA acreditam estar “muito próximos de um acordo”.

De acordo com informações da agência Associated Press, líderes árabes confirmaram ter sido informados sobre a proposta, ainda não definitiva, e o Hamas declarou que está disposto a analisar “de forma positiva e responsável” qualquer iniciativa que envolva a libertação dos reféns e a retirada das tropas israelenses.

Negociações e bastidores

Na semana passada, Trump discutiu a proposta com líderes árabes em Nova York, à margem da Assembleia Geral da ONU. No domingo (28), o presidente norte-americano afirmou à agência Reuters que “todos querem fazer um acordo” e demonstrou confiança em finalizar os termos nesta segunda.

Netanyahu, em entrevista à Fox News, disse que as conversas com a equipe de Trump ainda estão em andamento, mas que existe expectativa de avanço. Nas redes sociais, Trump reforçou o otimismo: “Temos uma chance real de Grandeza no Oriente Médio. Todos estão a bordo para algo especial, pela primeira vez. Nós vamos conseguir.”

Netanyahu na ONU

O encontro ocorre em meio à repercussão negativa do discurso de Netanyahu na última sexta-feira (26), durante a Assembleia Geral da ONU. O primeiro-ministro foi recebido com vaias e viu a maioria das delegações deixar o plenário antes de sua fala, incluindo a comitiva brasileira.

Em tom desafiador, Netanyahu rejeitou a criação de um Estado Palestino, negou que o Exército israelense esteja matando civis em Gaza e afirmou que Israel seguirá atacando o território até “terminar o trabalho”.

A crise humanitária em Gaza dominou os debates da Assembleia. Diversos países anunciaram o reconhecimento do Estado Palestino, enquanto uma comissão da ONU acusou Israel de cometer genocídio no território.

Fonte: G1

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