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Governo estuda viabilidade de tarifa zero no transporte público, diz Haddad

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (7) que o governo federal está conduzindo um estudo detalhado sobre o sistema de transporte público no país, com o objetivo de avaliar a viabilidade de implantação da tarifa zero. A análise foi solicitada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e está sendo coordenada pela equipe econômica da pasta.

A declaração foi feita durante entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Segundo Haddad, o levantamento busca atualizar diagnósticos já existentes sobre o setor e propor novas formas de financiamento para o transporte coletivo urbano.

“Estamos fazendo uma radiografia do setor, a pedido do presidente. A ideia é avaliar o quanto o poder público subsidia o sistema, o quanto as empresas contribuem via vale-transporte e o quanto sai diretamente do bolso do trabalhador”, explicou o ministro.

Atualmente, o modelo de transporte gratuito integral é adotado em 136 municípios brasileiros, em sua maioria cidades de pequeno e médio porte. Em capitais como Brasília e São Paulo, a gratuidade é aplicada apenas aos domingos e feriados.

O estudo deve considerar custos operacionais, subsídios públicos, impactos sociais e soluções tecnológicas que possam tornar o sistema mais eficiente. Haddad destacou ainda que o governo pretende identificar “gargalos tecnológicos e oportunidades” que possam contribuir para um modelo mais sustentável de mobilidade urbana.

Paralelamente, movimentos sociais têm pressionado o poder público pela ampliação da tarifa zero. Em Brasília, ocorre nesta semana a Caravana pela Tarifa Zero, organizada pelo Movimento Passe Livre (MPL). A ação, que vai de 6 a 10 de outubro, inclui aulas públicas, panfletagens e reuniões com parlamentares e representantes do Executivo para discutir alternativas de financiamento e a ampliação da gratuidade no transporte.

A discussão sobre a tarifa zero volta a ganhar força em um momento em que o governo busca equilibrar políticas sociais e responsabilidade fiscal, reacendendo o debate sobre o papel do Estado na garantia de mobilidade acessível para a população.

Fonte: Agência Brasil

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