Ministra Cármen Lúcia também estaria cogitando aposentadoria antecipada do STF, após saída de Luís Roberto Barroso

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A possibilidade de uma nova aposentadoria precoce no Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a movimentar os bastidores de Brasília. Segundo reportagem publicada pelo jornalista Claudio Dantas, a ministra Cármen Lúcia confidenciou a pessoas próximas que estuda a hipótese de deixar o tribunal antes do prazo previsto, seguindo o exemplo de Luís Roberto Barroso, que recentemente se despediu do STF em meio a grande comoção.

De acordo com a publicação, Cármen Lúcia, cujo mandato se encerraria oficialmente em 2029, teria mencionado a amigos o desgaste emocional acumulado ao longo de quase duas décadas na Corte como principal motivo da reflexão. Fontes ouvidas pelo portal afirmam que, assim como Barroso, a ministra tem buscado práticas espirituais alternativas para lidar com o estresse, incluindo o Reiki, método integrativo que utiliza a imposição das mãos para o equilíbrio entre corpo e mente.

A reportagem também aponta que Cármen Lúcia, assim como Barroso, teve o visto americano revogado pela Casa Branca, e teme possíveis sanções decorrentes da Lei Magnitsky, que já afetaram o ministro Alexandre de Moraes e sua esposa. Por não ter planos de se mudar para o exterior, a ministra estaria preocupada com eventuais impactos financeiros caso medidas similares fossem aplicadas a ela.

Outro ponto destacado pela matéria é a atuação de Cármen Lúcia em defesa de maior representatividade feminina no Supremo, especialmente após a aposentadoria de Rosa Weber. A ministra teria apoiado o lobby pela indicação de uma mulher à vaga de Barroso e avalia que sua própria saída poderia reforçar esse movimento, com apoio da primeira-dama Janja Lula da Silva, em prol de um “reequilíbrio” de gênero na Corte.

Fonte: Cláudio Dantas