Revista Poder

Ambipar mantém o Rio de Janeiro como foro da recuperação judicial

Decisão reforça a continuidade das operações do grupo e assegura proteção aos ativos

Foto Divulgação

A 21ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) decidiu, em caráter liminar, que o processo de recuperação judicial do grupo Ambipar seguirá sob competência da Justiça fluminense. A decisão foi anunciada pela empresa nesta segunda-feira, 27 de outubro, e confirmada por agências como Reuters e Brazil Stock Guide.

Segundo o comunicado da companhia, o tribunal reconheceu que o principal centro de negócios da Ambipar está localizado no Rio de Janeiro, onde se concentra a maior parte de suas operações e receitas. A decisão contraria argumentos que defendiam a transferência do processo para São Paulo, sede administrativa do grupo.

Medidas urgentes garantem a continuidade das atividades

A Justiça também concedeu medidas emergenciais que asseguram o funcionamento das empresas do grupo durante o processo. Entre elas está a suspensão de cláusulas que previam o vencimento antecipado de dívidas, impedindo que credores exijam pagamentos imediatos que poderiam comprometer as operações.

Além disso, o tribunal proibiu a rescisão de contratos essenciais, garantindo a continuidade de serviços e fornecimentos indispensáveis. A decisão também impede bloqueios e apreensões de bens e equipamentos, protegendo os ativos operacionais da Ambipar e preservando sua capacidade produtiva.

Participação em licitações permanece autorizada

Outro ponto importante da decisão é a autorização para que o grupo continue participando de licitações públicas e privadas, mesmo durante a recuperação judicial. A empresa não precisará apresentar certidões negativas para disputar novos contratos.

O tribunal ainda determinou multa de R$ 100 mil ou 5% do valor do contrato — o que for maior — para quem descumprir as medidas judiciais.

Ambipar reafirma compromisso com estabilidade

Em nota, a Ambipar destacou que as decisões da Justiça fluminense garantem segurança jurídica e estabilidade operacional para atravessar o processo de reestruturação financeira.

“A manutenção do foro no Rio de Janeiro reflete a relevância econômica da região para nossas operações e assegura a continuidade dos serviços prestados”, afirmou a empresa.

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