Depois de um dia marcado por violência e destruição, o Rio de Janeiro amanheceu nesta quarta-feira (29) ainda sob o impacto da operação policial mais letal da história do estado. A cidade voltou ao estágio 1 de monitoramento — o mais baixo na escala da prefeitura —, o que indica ausência de novas ocorrências de grande impacto, mas o clima ainda é de apreensão e instabilidade.
Na terça-feira (28), a capital fluminense viveu um verdadeiro cenário de guerra. A megaoperação das forças de segurança contra o Comando Vermelho resultou em pelo menos 64 mortes. Em retaliação, criminosos bloquearam 35 vias em diferentes regiões com veículos incendiados, barricadas e objetos em chamas, paralisando o trânsito e afetando o transporte público.
Durante a madrugada, as autoridades conseguiram liberar todas as vias que permaneciam interditadas — a última, a autoestrada Grajaú-Jacarepaguá, foi desbloqueada por volta das 2h45.
Segundo o Centro de Operações e Resiliência (COR), todos os modais de transporte — ônibus, metrô, trens, barcas, VLT e BRT — funcionam normalmente nesta manhã. No entanto, na véspera, mais de 200 linhas de ônibus tiveram itinerários interrompidos e 71 veículos foram utilizados pelos criminosos como barricadas. O fluxo intenso de passageiros no trem e no metrô gerou superlotação, exigindo reforço emergencial.
Embora a cidade tenha retomado parcialmente a normalidade operacional, o clima nas ruas ainda é de alerta. Moradores tentam retomar a rotina em meio à sensação de insegurança deixada por um dos dias mais violentos da história recente do Rio.
Fonte: Agencia Brasil
