A Bolsa de Valores de São Paulo encerrou esta quinta-feira (30) em alta, registrando o sétimo avanço consecutivo e renovando seu recorde histórico. O índice Ibovespa fechou o dia aos 148.780 pontos, com variação positiva de 0,1%, acumulando alta de 3,23% nos últimos sete pregões.
Apesar do otimismo no mercado de ações, o dólar comercial subiu 0,42%, sendo negociado a R$ 5,38, após três quedas seguidas. A moeda norte-americana chegou a R$ 5,39 pela manhã, mas desacelerou no decorrer do dia. No acumulado de outubro, o dólar registra alta de 1,09%, mas ainda tem queda de 12,95% em 2025.
Fatores externos e cautela no mercado
No cenário internacional, a fala do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, trouxe cautela aos investidores. Apesar da redução de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros dos Estados Unidos, Powell indicou que não há confirmação de novos cortes até dezembro. A incerteza sobre a política monetária norte-americana fez o dólar se valorizar globalmente e reduziu o apetite por risco em economias emergentes.
O encontro entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping também foi acompanhado de perto pelos investidores. O anúncio de um acordo sobre terras raras trouxe algum alívio, mas não foi suficiente para reverter o clima de prudência.
Dados do Caged influenciam o mercado brasileiro
No Brasil, o resultado do Caged mostrou a criação de 213 mil empregos formais em setembro, número acima das expectativas, mas 15,6% inferior ao mesmo mês de 2024. O dado, embora positivo, elevou a percepção de que o Banco Central pode adiar o início do ciclo de cortes na Selic, o que tende a frear o mercado de ações e favorecer a renda fixa.
Com esse cenário, a bolsa manteve desempenho positivo, mas perdeu força ao longo do dia, refletindo o equilíbrio entre otimismo corporativo e a prudência dos investidores diante do cenário econômico global.
Com informações da Agência Brasil e Reuters.