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Vale registra lucro de US$ 2,7 bilhões no 3º trimestre com alta de 21% no Ebitda ajustado

Foto Reprodução X Vale

A Vale encerrou o terceiro trimestre de 2025 com lucro líquido de US$ 2,7 bilhões, um avanço de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionado pelo aumento de volumes vendidos, eficiência operacional e preços mais altos de minério de ferro e cobre. Os resultados foram divulgados nesta quinta-feira (30) em relatório encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Crescimento consistente e geração de caixa robusta

O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu US$ 4,36 bilhões, alta de 21% na comparação anual. No critério pró-forma, o indicador somou US$ 4,39 bilhões, refletindo o bom desempenho operacional e os ganhos de produtividade.
A receita líquida de vendas chegou a US$ 10,42 bilhões, um aumento de 9% em relação ao terceiro trimestre de 2024, com destaque para o crescimento nos volumes de minério de ferro (+5%), cobre (+20%) e níquel (+6%).

O preço médio realizado do minério de ferro foi de US$ 94,4 por tonelada, alta de 4% em relação ao mesmo período do ano passado. Os custos “all-in” recuaram 4%, ficando em US$ 52,9 por tonelada, devido a menores custos de frete e à melhora na qualidade dos finos.

Estratégia e novos produtos

Segundo o CEO Gustavo Pimenta, o trimestre foi marcado por um “sólido desempenho operacional” e reforça a confiança da empresa em sua estratégia de criação de valor.
A mineradora destacou o lançamento do produto de médio teor de Carajás, que oferece maior flexibilidade operacional e otimiza o plano de lavra.

Dívida e alavancagem

A dívida líquida da Vale subiu 31% no ano, totalizando US$ 12,4 bilhões, enquanto a dívida bruta e arrendamentos somaram US$ 18,5 bilhões. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 0,8 vez, ante 0,5 vez um ano antes.

Perspectivas e análise de mercado

De acordo com o analista João Daronco, da Suno Research, os resultados da Vale foram sólidos e ligeiramente acima das expectativas, impulsionados pela eficiência operacional e pelos melhores preços do minério e do cobre. Ele destacou o desempenho do segmento de metais voltados à transição energética, que teve salto de mais de 170% no Ebitda, resultado de uma operação mais robusta e preços mais altos.

 

Fonte: Bloomberg Línea

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