A cidade de Belém (PA) será o centro das atenções globais entre 10 e 21 de novembro, quando sediará a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). O evento reunirá mais de 50 mil pessoas, incluindo delegações oficiais, líderes mundiais, pesquisadores, jornalistas e movimentos sociais, consolidando o Brasil como protagonista nas discussões sobre o futuro do planeta.
Realizada anualmente desde 1995, a COP tem como missão encontrar soluções para conter o aquecimento global e limitar o aumento da temperatura do planeta a 1,5°C até o fim do século. O encontro dá continuidade à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, criada em 1992, e aprofunda os compromissos firmados em conferências anteriores, como o Acordo de Paris, de 2015.
O embaixador André Lago, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty, presidirá a conferência. Segundo ele, a COP30 será marcada pelo debate científico e pelo fortalecimento da responsabilidade histórica dos países diante da crise climática. “As COPs evoluem a cada ano. Elas criam regras e orientam políticas com base na ciência, promovendo avanços concretos na luta contra as mudanças do clima”, afirmou.
A programação da COP30 será dividida entre dois espaços: a zona azul, que abrigará as negociações oficiais entre governos, e a zona verde, aberta ao público e voltada a debates, experiências e soluções climáticas envolvendo sociedade civil, setor privado e academia.
Antes da abertura oficial, entre 6 e 7 de novembro, ocorre a cúpula de chefes de Estado, que reunirá representantes de 143 delegações dos 198 países signatários dos tratados climáticos internacionais.
Movimentos sociais e organizações ambientais, como o Observatório do Clima, também participarão levando propostas e reivindicações. Segundo Stela Herschmann, especialista em política climática da entidade, as COPs têm avançado, mas em ritmo abaixo do necessário: “A ciência já mostra o caminho, mas as respostas ainda são lentas diante da urgência da crise climática”.
Realizada no coração da Amazônia, a COP30 será uma oportunidade histórica para o Brasil reforçar seu papel na liderança ambiental global e promover o diálogo entre governos, empresas e sociedade civil em busca de soluções sustentáveis para o planeta.
Fonte: Agencia Brasil