O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu oficialmente, nesta quinta-feira (6), a Cúpula de Líderes — evento preparatório para a COP30, em Belém (PA) — com um discurso que combinou simbolismo e crítica ambiental. Em sua fala, Lula fez uma analogia marcante entre a floresta Amazônica e a Bíblia, destacando a necessidade de ampliar a percepção global sobre a região.
“Muita gente não acreditava que fosse possível trazer uma COP para um estado da Amazônia, porque as pessoas estão mais habituadas a desfilar por grandes cidades. A Amazônia, para o mundo, é como se fosse uma Bíblia: todo mundo sabe que existe e interpreta cada um da sua forma”, afirmou o presidente.
Durante o discurso, Lula defendeu um novo modelo de desenvolvimento que seja mais justo, resiliente e de baixo carbono, ressaltando que o encontro em Belém deve servir como um divisor de águas nas discussões sobre o futuro ambiental do planeta.
“Espero que esta cúpula contribua para empurrar o céu para cima e ampliar nossa visão para além do que enxergamos hoje”, declarou.
A escolha de realizar o evento na Amazônia, e não em uma capital tradicional, foi destacada pelo presidente como uma decisão política e simbólica. Segundo ele, o objetivo é permitir que líderes e negociadores internacionais vivenciem de perto a realidade amazônica e compreendam seus desafios e potencialidades.
“Queríamos que as pessoas viessem aqui para ver o que é a Amazônia, o que é o povo da Amazônia, o que é a natureza da Amazônia, a culinária”, disse Lula.
O presidente também reconheceu o trabalho das equipes envolvidas na infraestrutura e organização do evento, enfatizando o esforço coletivo para transformar Belém em um centro de debates sobre o futuro climático do planeta.
A Cúpula de Líderes marca o início das discussões que antecedem a COP30, consolidando o papel do Brasil como protagonista na agenda ambiental internacional e reforçando o compromisso do governo com políticas sustentáveis e inclusivas.
