A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou à CNN Brasil que a COP30, que começa oficialmente nesta quinta-feira (6) em Belém (PA), terá um desafio duplo: implementar compromissos climáticos assumidos em anos anteriores e criar mecanismos para impedir retrocessos no chamado multilateralismo climático.
“A COP30 é desafiadora. Além de criar mecanismos para evitar o ponto de não retorno em relação ao clima, é preciso criar bases para não gerar retrocesso no multilateralismo climático”, afirmou Marina.
Segundo a ministra, o momento atual exige ações concretas para reduzir a dependência global dos combustíveis fósseis e acelerar a transição energética. “O desafio é fazer o mapa do caminho para uma transição que diminua a dependência dos combustíveis fósseis”, completou.
Marina também observou que, diferentemente de conferências anteriores, nas quais as negociações se concentravam em definir metas e acordos, o foco agora deve ser implementar o que já foi ajustado em cúpulas passadas. “Precisamos chegar a avanços e atingir metas. Diferentemente de outras COPs, que tratavam de questões complexas, a COP30 terá de se debruçar sobre a implementação de medidas anteriores”, destacou.
A ausência de representantes dos Estados Unidos, o segundo país que mais emite gases de efeito estufa no mundo, também chamou atenção no evento preparatório realizado em Belém.
Os líderes globais começam a se reunir nesta quinta-feira (6) e seguem até sexta (7), em um encontro que marca o início político das discussões climáticas. As negociações que definirão novas estratégias e compromissos devem se estender pelas próximas duas semanas.