Com uma visão estratégica e empreendedora, Samir Jaber, fundador e CEO da Rebaj, é um empresário libanês que construiu sua trajetória com seriedade, competência e foco em inovação. À frente de uma das principais distribuidoras internacionais de perfumes árabes do Mercosul, Samir lidera a expansão da Rebaj no mercado brasileiro, unindo tradição e modernidade em um portfólio exclusivo que conecta o país às fragrâncias autênticas do mundo árabe.
Em entrevista exclusiva à Revista Poder, Samir compartilhou seus aprendizados, conquistas e os desafios de apresentar ao Brasil a elegância e a identidade da perfumaria árabe.
A sua trajetória como empreendedor se iniciou muito antes da Rebaj. Além dela, quais são as outras empresas fundadas pela família Jaber? E quais foram os principais aprendizados das suas experiências anteriores que você considera fundamentais para ter construído o que a Rebaj é hoje?
A primeira empresa que fundei foi dedicada à importação da marca Pioneer, há mais de 35 anos, e foi assim que tudo começou. Desde então, o mercado e os padrões de consumo mudaram muito, e eu precisei me reinventar diversas vezes. Aprendi que o mais importante é ouvir o mercado e entender suas transformações, porque nada é imutável. É essencial respeitar as mudanças nos hábitos e nas formas de consumo e buscar sempre atender o cliente da melhor maneira possível.
Quais foram os principais obstáculos na construção da Rebaj até agora? E o que eles te ensinaram sobre resiliência e liderança?
O mercado brasileiro é desafiador. Tudo envolve prazos longos, processos demorados e bastante burocracia. Mas, depois que entendemos como o sistema funciona, fica mais fácil se organizar e agir com eficiência. A prática é fundamental, e como ainda estamos explorando esse mercado, seguimos aprendendo e aprimorando a cada dia.
Como a Rebaj se posiciona diante das mudanças de comportamento do consumidor e da digitalização do varejo? A estratégia utilizada no Brasil é a mesma que vocês aplicam em outros países?
A digitalização do varejo vem acontecendo de forma acelerada desde a pandemia no Brasil, e não há como ignorar esse movimento. O comportamento de consumo do brasileiro mudou, e nós estamos nos adaptando a essa nova realidade, investindo em canais digitais como o e-commerce e o TikTok Shop, por exemplo. Esse é, sem dúvida, o caminho do futuro. Mas em outros países da América Latina, a dinâmica ainda é diferente. As lojas físicas continuam sendo o principal foco de vendas, e o digital avança de forma mais gradual.
Quais foram os principais desafios ao trazer a Rebaj para o Brasil? Quais são as expectativas da empresa para essa chegada ao país?
O Brasil, por si só, já é um grande desafio, mas também uma imensa oportunidade. Vejo um potencial extraordinário nesse mercado, que hoje é o segundo maior do mundo em perfumaria. Nossas expectativas são muito altas, especialmente porque a perfumaria árabe tem conquistado o público brasileiro de uma forma surpreendente. É gratificante ver como a cultura e a sofisticação das fragrâncias orientais encontram espaço e admiração aqui.
Existem planos de expansão para que a Rebaj trabalhe com novas marcas de perfumaria além da Lattafa? Se sim, quais?
Por enquanto, estamos focados na Lattafa e em outras marcas do grupo, como a Ard Al Zaafaran. A Lattafa é uma marca muito grande, com uma variedade enorme de produtos, e já vinha sendo muito pedida pelos brasileiros há algum tempo. Por isso, nosso foco está totalmente nela neste momento. Mas no futuro, quem sabe? Estamos sempre abertos a novas oportunidades e expansões.