O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reagiu com veemência nesta quarta-feira a uma reportagem do New York Times que aponta sinais de cansaço em sua rotina no comando do país. Em uma série de publicações na plataforma Truth Social, o republicano afirmou que mantém plena energia, contestou as conclusões do jornal e recorreu a ataques pessoais contra a autora do texto.
A matéria, divulgada na terça-feira, descreve uma redução significativa no ritmo de compromissos oficiais desde o início de seu segundo mandato, com uma agenda mais curta e menos viagens domésticas. O jornal também mencionou episódios recentes em que o presidente, aos 79 anos, aparentou cansaço, incluindo um breve cochilo durante um evento televisionado no Salão Oval.
Trump rebateu de forma agressiva. Disse que jamais trabalhou tanto e acusou o veículo de ignorar suas ações no governo. Em sua mensagem, escreveu que havia realizado um “exame físico perfeito” e um “teste cognitivo completo”, dos quais teria saído aprovado. Em tom de ataque, chamou o jornal de “inimigo do povo” e fez ofensas de caráter pessoal à jornalista responsável pela reportagem.
As especulações em torno de sua saúde cresceram nas últimas semanas. A divulgação de que Trump realizou uma ressonância magnética em outubro levantou questionamentos, assim como imagens que mostraram um hematoma em sua mão direita e inchaço nos tornozelos. A Casa Branca, porém, não detalhou os resultados do exame e continua divulgando imagens produzidas com auxílio de inteligência artificial que retratam o presidente em versões idealizadas.
Mesmo com a menor presença em agendas públicas, Trump segue fazendo aparições frequentes na mídia, incluindo entrevistas longas e coletivas improvisadas. O ritmo, no entanto, contrasta com o observado em seu primeiro mandato, quando mantinha uma série de compromissos diários e viagens constantes pelo país.
Em comunicado oficial após a reação do presidente, o New York Times afirmou que mantém integral confiança na apuração publicada. O jornal destacou que seu trabalho é baseado em informações verificáveis e que ataques pessoais não interferem no dever de cobrir a administração federal de forma rigorosa, apesar das “táticas de intimidação”.
