Aos 20 anos, Posh Club celebra trajetória; Doreni Caramori Jr. analisa passado e futuro

Doreni Caramori Jr. – Foto Divulgação

Ícone da cena noturna brasileira, a Posh Club completa 20 anos consolidada como uma das principais referências de luxo e exclusividade da América Latina. Construída por uma sociedade que sempre apostou na preservação de rituais, na inovação constante e na leitura atenta do comportamento do público, a marca atravessou duas décadas mantendo relevância e desejo. Nesta conversa, Doreni Caramori Jr. fala sobre os desafios de equilibrar tradição e atualização, a parceria histórica com a Dom Pérignon, o modelo de operação exclusivo no verão e os caminhos de expansão da Posh no Brasil e no exterior.

A Posh Club completa 20 anos. Como um club consegue ser clássico e também atualizado ao mesmo tempo?

De fato, é um desafio manter um empreendimento tradicional e, ao mesmo tempo, atualizado. Acho que conseguimos estabelecer claramente quais rituais precisam se manter clássicos, aquelas coisas atemporais que não mudam, e nos atualizar em outros aspectos. A Posh é altamente atualizada em tecnologia, tanto na experiência de consumo para os clientes quanto em som, luz e imagem. Reconhecemos e preservamos os rituais, enquanto evoluímos nas demais frentes.

Como é ser considerado o principal club de luxo da América Latina?

Para a Posh, é motivo de orgulho e também de extrema responsabilidade se manter no topo por 20 anos. Entrar em um ciclo restrito de clubs de alta renda no mundo foi bastante desafiador. Levamos muitos anos para construir isso e seguimos trabalhando para preservar essa posição. No continente, por não termos tantas referências próximas, o grande desafio é entender o comportamento do consumidor fora da América Latina para continuar na vanguarda dentro do nosso mercado.

A Posh Club é a única flagship do champagne Dom Pérignon no Brasil há 15 anos. Qual o segredo dessa parceria?

A relação da Posh com a Dom Pérignon é umbilical. As duas marcas cresceram juntas. Embora a Dom Pérignon seja centenária, a Posh foi responsável por inseri-la no segmento de high energy, como clubs e entretenimento. Antes disso, ela era vista apenas como um champagne gastronômico. Juntos, fomos construindo rituais, nos desafiando e ditando tendências. Hoje, o produto é reconhecido também no universo do entretenimento, e acredito que a Dom Pérignon vê a Posh como uma plataforma de lançamentos, inovação e atualização desse conceito.

Por que a Posh Club abre exclusivamente durante o verão há 20 anos?

Desde o início, o modelo de negócio da Posh trabalha com o conceito econômico de restrição de oferta. A Posh é uma ocasião especial, e essa ocasião não acontece todos os dias. Quando existe Posh, as pessoas se programam. Além disso, o verão de Florianópolis concentra um público específico, muitas vezes de fora, que está mais disposto a celebrar, sem compromissos no dia seguinte. Essa combinação entre preservação do desejo, estratégia econômica e contexto do verão sustenta a decisão de abrir apenas até 20 vezes por temporada, apesar dos inúmeros convites para ampliar a operação.

Com duas décadas de história, existem chances de a Posh Club expandir para o mercado internacional?

Sim, a expansão internacional é uma realidade. A Posh já realiza pop-ups fora do Brasil há alguns anos e recebe convites de diversos países. Chegamos a desenvolver um projeto mais aprofundado para Portugal, que não avançou por conta da pandemia. Agora, seguimos avaliando o melhor modelo, sempre respeitando o alinhamento entre público, local e expectativa. Sem pressa, mas com a certeza de que essa magia, que já atende tantos clientes estrangeiros no Brasil, também será levada para fora.