Negociação entre as potências reduz tarifas e provoca forte reação nos mercados
As bolsas de Nova York abriram a semana com forte alta. A reação positiva aconteceu após o anúncio de um acordo provisório entre os Estados Unidos e a China para reduzir as tarifas bilaterais.
O entendimento prevê a suspensão parcial das tarifas por 90 dias, tempo considerado estratégico por analistas para reavaliar as relações comerciais.
Com a medida, as tarifas americanas sobre os produtos chineses caem de 145% para 30%. Já as tarifas chinesas sobre itens dos EUA recuam de 125% para 10%.
Índices em alta e reação imediata
O alívio foi sentido de imediato nas principais bolsas dos Estados Unidos. O S&P 500 atingiu o maior nível desde março, marcando 5.814,51 pontos.
Por volta das 14h (horário local), os índices apresentavam os seguintes resultados:
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Dow Jones: alta de 2,49%
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S&P 500: alta de 2,91%
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Nasdaq: alta de 3,94%
A trégua entre as duas potências trouxe de volta o otimismo dos investidores, que vinham operando com cautela desde o início da guerra tarifária.
Impacto global e efeito cascata
O anúncio também influenciou as bolsas da Ásia e da Europa. Na China, o índice CSI 1000 subiu 1,40% e o Hang Seng, de Hong Kong, avançou 3,12%.
O yuan, moeda chinesa, valorizou-se frente ao dólar, atingindo o maior patamar em seis meses.
Na Europa, o movimento também foi de alta generalizada. O índice da Alemanha teve leve avanço de 0,22%, enquanto o da França subiu 1,37%. A bolsa italiana se destacou com alta de 1,48%.
Guerra tarifária e reviravolta
O acordo representa uma mudança brusca de cenário. Desde abril, os EUA vinham impondo tarifas recordes sobre produtos de mais de 180 países, com foco especial na China.
Em resposta, os chineses também elevaram suas alíquotas, o que gerou temores de recessão global e impactos nas cadeias de suprimentos.
A sinalização de trégua reduziu a pressão sobre os mercados. Ainda assim, analistas pedem cautela e lembram que a suspensão é temporária.