Donald Trump afirma que salvou a China de colapso econômico e se arrepende

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Donald Trump | Foto: Reprodução/X @IvankaNews_

Donald Trump voltou a fazer críticas públicas ao presidente da China, Xi Jinping, nesta quarta-feira (4). Em publicação na rede Truth Social, o ex-presidente americano classificou o líder chinês como alguém “muito duro” e “extremamente difícil de negociar”.

Acusações diretas e tom de decepção

Trump disse que, apesar de sempre ter gostado de Xi, considera quase impossível firmar acordos com ele. O comentário veio poucos dias após o republicano ter acusado a China de violar um compromisso econômico recente, firmado entre os dois países.

Na publicação, ele não escondeu o tom de frustração:
“Gosto do presidente Xi. Sempre gostei, mas ele é muito duro e extremamente difícil de fazer um acordo.”

Acordo temporário e quebra de confiança

No dia 12 de maio, representantes dos dois países chegaram a um acordo provisório para reduzir tarifas durante um período de 90 dias. As taxas impostas pelos EUA sobre produtos chineses caíram de 145% para 30%. Em contrapartida, a China reduziu suas tarifas de 125% para 10%.

No entanto, segundo Trump, a China não cumpriu sua parte.
Cinco dias antes da crítica desta quarta, o ex-presidente já havia publicado outra mensagem afirmando que o país asiático “violou totalmente o acordo”. Afirmou ainda que só aceitou o trato para “salvar a China de um colapso econômico”.

Trump diz que intenção era evitar crise maior

De acordo com Trump, as tarifas impostas haviam deixado a situação da China insustentável. Ele relatou que várias fábricas fecharam e houve sinais de instabilidade interna no país.

“Vi o que estava acontecendo e não gostei. Fiz um acordo rápido para salvá-los de algo muito ruim. Eu não queria que isso acontecesse”, escreveu o republicano.

Ele deixou claro que, em sua visão, a ação foi mais generosa do que estratégica. Mas agora, com a quebra do acordo, mostra arrependimento.

Resposta chinesa e tentativa de acalmar tensões

Horas depois da publicação, a embaixada da China em Washington emitiu uma nota. No texto, pediu que os EUA encerrem medidas discriminatórias e mantenham o consenso firmado nas negociações feitas em Genebra.

O porta-voz Liu Pengyu afirmou que os dois países têm mantido comunicação frequente e que o diálogo segue aberto em várias frentes.