
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai assumir nesta semana a presidência rotativa do Mercosul. A cerimônia acontece entre os dias 2 e 3 de julho, durante a cúpula dos chefes de Estado em Buenos Aires, na Argentina. A previsão é que Lula embarque nesta quarta-feira (2) para participar do encontro.
Durante sua gestão à frente do bloco, o governo brasileiro pretende retomar o protagonismo regional e priorizar a conclusão do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Essa negociação se arrasta há anos, mas o Brasil vê neste momento uma oportunidade de destravar os entraves e fechar os detalhes finais.
Foco na integração comercial
Além do acordo com os europeus, o Brasil também vai trabalhar para fortalecer a Tarifa Externa Comum (TEC) e avançar na integração dos setores automotivo e açucareiro ao regime comercial do bloco.
Outro ponto importante da agenda será a inclusão de novos produtos na lista de exceções tarifárias, o que permite maior flexibilidade para os países-membros em determinadas áreas.
Lula quer ainda impulsionar medidas para consolidar a união aduaneira, um passo necessário para facilitar o comércio entre os países do bloco e aumentar a competitividade do Mercosul no cenário global.
Reforço dos laços com a Argentina
Durante sua estadia em Buenos Aires, Lula também deve visitar a ex-presidente Cristina Kirchner, segundo informou o ex-ministro Paulo Pimenta. O gesto é simbólico e reforça os laços diplomáticos entre os dois países, que são os principais motores do Mercosul.
Brasil e Argentina têm buscado alinhar posições em questões comerciais e estratégicas, mesmo diante de mudanças políticas em ambos os governos.
Compromissos no Brasil e no exterior
Apesar dos compromissos internacionais, a agenda de Lula segue movimentada em território nacional. Na quarta-feira (2), ele vai participar das comemorações da Independência da Bahia, em Salvador.
Na sequência, o presidente se prepara para outro evento internacional. Ele estará no Rio de Janeiro nos dias 7 e 8 de julho, onde acontece a cúpula do BRICS, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.