EUA oferecem US$ 25 milhões por informações que levem à prisão de Maduro

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Acusação por narcoterrorismo amplia pressão sobre governo Maduro

Na quinta-feira (25), o Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou uma recompensa de US$ 25 milhões (cerca de R$ 140 milhões). O valor será pago por informações que resultem na prisão ou condenação de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela.

A decisão faz parte de uma ofensiva contra o que o governo americano chama de “narcoterrorismo patrocinado pelo Estado”. A medida foi divulgada pela DEA (Agência Antidrogas dos EUA), que afirma ter evidências do envolvimento de Maduro em crimes graves.

Cartel de Los Soles é tratado como grupo terrorista

De acordo com o governo dos EUA, Maduro estaria à frente do chamado “Cartel de Los Soles”, uma organização criminosa classificada como terrorista internacional. O grupo é acusado de traficar grandes quantidades de cocaína e fornecer armamentos a facções criminosas dentro e fora da Venezuela.

Além de Maduro, outras figuras importantes do regime também foram citadas. Diosdado Cabello, número dois do chavismo, e Vladimir Padrino López, ministro da Defesa, estão entre os alvos das autoridades americanas.

Recompensa milionária é parte de estratégia mais ampla

Com essa recompensa, os EUA reforçam a estratégia de isolar Maduro internacionalmente. Além disso, buscam ampliar o cerco judicial ao regime venezuelano, que já sofre sanções econômicas impostas por Washington e seus aliados.

“O regime de Maduro está repleto de corrupção e criminalidade”, declarou um porta-voz do Departamento de Justiça, em comunicado. “Ele usou sua posição de poder para facilitar o narcotráfico e o terrorismo.”

Venezuela não reconhece jurisdição americana

O governo venezuelano, por sua vez, já se manifestou contra medidas semelhantes no passado. Caracas afirma que os EUA violam a soberania nacional e rejeita qualquer ação que considere intervencionista. No entanto, até o momento, não houve resposta oficial sobre a recompensa anunciada nesta quinta-feira (25).

Aumentam tensões diplomáticas entre EUA e Venezuela

Essa nova ofensiva pode agravar ainda mais as já tensas relações entre os dois países. Desde 2019, os Estados Unidos não reconhecem Nicolás Maduro como presidente legítimo da Venezuela. Em seu lugar, apoiaram Juan Guaidó, líder da oposição, em uma tentativa fracassada de transição de poder.

Enquanto isso, a crise humanitária no país vizinho continua. Milhões de venezuelanos deixaram o território nos últimos anos, fugindo da inflação descontrolada, da escassez de alimentos e da repressão política.