INPC registra alta de 5,13% em 12 meses com cinco quedas consecutivas

Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda de até cinco salários mínimos, subiu 0,21% em julho. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice soma 5,13%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (12).

Queda nos preços dos alimentos

Os alimentos tiveram queda de 0,38% em julho, marcando o segundo mês seguido de recuo após a baixa de 0,19% registrada em junho. Desde fevereiro, quando o índice subiu 1,48%, o INPC registra cinco meses consecutivos de queda.

Variações por grupo de despesas

Em julho, os principais grupos tiveram as seguintes variações:

  • Alimentação e bebidas: -0,38%
  • Habitação: +0,86%
  • Despesas pessoais: +0,97%
  • Vestuário: -0,52%
  • Comunicação: -0,11%

Diferença entre INPC e IPCA

O IBGE também divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, que subiu 0,26% em julho, acumulando 5,23% em 12 meses.

A principal diferença entre os índices está no público-alvo: o INPC considera famílias com renda de até cinco salários mínimos, enquanto o IPCA abrange famílias com renda de até 40 salários mínimos. Além disso, alimentos têm peso maior no INPC (25%) em comparação com o IPCA (21,86%), refletindo o maior gasto proporcional das famílias de menor renda com alimentação.

Coleta de dados e uso do INPC

O IBGE coleta preços em 15 regiões metropolitanas e capitais brasileiras, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Além de medir a inflação para famílias de menor renda, o INPC serve como base para reajustes salariais e de benefícios. Por exemplo, o salário mínimo é reajustado anualmente com base no INPC acumulado até novembro. O seguro-desemprego, benefícios do INSS e o teto da previdência social usam o INPC de dezembro para seus reajustes.

Objetivo do INPC

Segundo o IBGE, o INPC “tem por objetivo corrigir o poder de compra dos salários, medindo as variações de preços da cesta de consumo da população assalariada de menor renda.”

Fonte: Agencia Brasil